Ministro Cristiano Zanin marca quatro dias consecutivos de deliberações para a próxima semana; Alexandre de Moraes abre com voto de três horas, seguido por Fux, Cármen Lúcia e Zanin — possíveis pedidos de vista podem prolongar o processo até 90 dias.
Por Paloma de Sá | GNEWSUSA
O Supremo Tribunal Federal (STF) intensificou o ritmo do julgamento sobre os atos de 8 de janeiro de 2023, com a marcação de quatro dias consecutivos de sessões — entre terça (9) e sexta-feira (12) — incluindo manhã e tarde em três desses dias. O primeiro voto, de Alexandre de Moraes, deve durar cerca de três horas, abrindo a fase decisiva do processo que pode culminar ainda em setembro. A decisão, tomada pelo presidente da Primeira Turma, ministro Cristiano Zanin, foi motivada por pedido do relator Alexandre de Moraes e acerta estratégias para conclusão ou eventual prorrogação do julgamento.
Detalhamento jornalístico
Novo cronograma em ritmo acelerado
O presidente da Primeira Turma, ministro Cristiano Zanin, programou sessões extras durante toda a próxima semana:
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9 de setembro (terça-feira): das 9h às 12h e das 14h às 19h
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10 de setembro (quarta-feira): das 9h às 12h
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11 de setembro (quinta-feira): das 9h às 12h e das 14h às 19h
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12 de setembro (sexta-feira): das 9h às 12h e das 14h às 19h
Para viabilizar a sessão dupla de quinta-feira (11), foi necessária a suspensão da sessão plenária do STF.
Distribuição dos votos e riscos de dilação
A sequência de votos já está definida: primeiro Alexandre de Moraes (relator), com expectativa de duração de três horas; em seguida, Luiz Fux, que tem demonstrado divergências com Moraes e pode solicitar vista — o que estenderia o julgamento por mais 90 dias. Após Fux, votarão Cármen Lúcia e o próprio Zanin. O regimento permite antecipação dos votos mesmo em caso de pedido de vista, o que colocaria pressão sobre Fux se os demais demonstram convergência.
Pressão por rapidez e possíveis impactos
A aceleração do cronograma tem gerado críticas, destacando tensões sobre a rapidez do processo e seus riscos à convicção pública.
Repercussão internacional
Analistas observam que a conclusão iminente do julgamento pode atrair atenção global — especialmente dos Estados Unidos — em relação a possíveis sanções ou declarações após o desfecho.
Resumo em tabela
| Item | Detalhes |
|---|---|
| Sessões extras | 4 dias consecutivos (9 a 12 de setembro), com manhã e tarde em 9, 11 e 12 |
| Primeiro voto | Alexandre de Moraes — cerca de 3 horas |
| Votos subsequentes | Luiz Fux (possível pedido de vista), seguido por Cármen Lúcia e Zanin |
| Aceleração criticada | Pressão por rapidez pode comprometer profundidade ou consenso |
| Impacto internacional | Decisão final pode repercutir na política externa, especialmente com os EUA |
A maratona de sessões do STF para o julgamento dos atos de 8 de janeiro assume caráter decisivo. Com a abertura do relator Alexandre de Moraes, seguida por possíveis embates com Fux e demais ministros, o desfecho pode acontecer ainda este mês — ou se arrastar por mais meses, dependendo de eventuais pedidos de vista. A atenção nacional e internacional permanece alta.
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