Trump ofereceu visto a cerca de 300 sul-coreanos detidos em operação, mas só um aceitou

Trump queria que os imigrante continuassem trabalhando no país e treinassem americanos

Por Chico Gomes | GNEWSUSA

Antes de serem libertados e enviados para a Coreia do Sul esta semana, aproximadamente 300 imigrantes sul-coreanos receberam uma proposta de visto do governo Trump para que permanecessem nos EUA e treinassem cidadãos americanos, mas apenas um aceitou. A informação foi divulgada por autoridades do país asiático nesta quinta-feira (11).

“O presidente Trump perguntou se os trabalhadores sul-coreanos detidos, todos eles profissionais qualificados, deveriam permanecer nos Estados Unidos para continuar trabalhando e treinando os funcionários americanos, ou se deveriam retornar ao seu país”, comunicou o Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Sul, informando que os trabalhadores estão em “estado de choque” e preferiram voltar para casa primeiro.

Essa oferta provocou o adiamento em um dia para que um avião fretado levasse os trabalhadores de volta à Coreia do Sul. A medida foi um desdobramento de uma grande operação migratória realizada em uma fábrica da Hyundai, no estado da Geórgia, que terminou com 475 detidos.

Apesar dos atritos nas relações diplomáticas entre os dois países, provocados pela operação, os sul-coreanos passaram por um procedimento diferente de deportação. Eles não foram algemados, a pedido do governo da Coreia do Sul.

Os imigrantes do país asiático eram maioria na instalação industrial de veículos elétricos da Hyundai em território americano. A ação executada no dia 4 de setembro, sob a liderança do Departamento de Segurança Interna (DHS), causou descontentamento no governo sul-coreano, sobretudo pelo uso de veículo blindados, ameaçando as relações bilaterais entre as duas nações.

O presidente da Coreia do Sul, Lee Jae-myung disse que o incidente pode ter um “impacto significativo nas decisões futuras de investimento, em particular no momento de avaliar a viabilidade de operações diretas nos Estados Unidos”.

De acordo com o governo americano, essa foi a maior operação de imigração em um único local já efetuada pelo DHS.

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