
Primeiras 400 doses da vacina Ervebo foram aplicadas em profissionais de saúde e contatos de casos confirmados na província de Kasai; OMS avalia risco como elevado no país
Por Paloma de Sá |GNEWSUSA
A República Democrática do Congo iniciou nesta terça-feira (16/09/2025) a vacinação contra o surto de Ebola declarado na província de Kasai. As primeiras 400 doses da vacina Ervebo foram aplicadas em profissionais de saúde e pessoas em contato direto com infectados na zona de Bulape. O envio das doses foi apoiado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Unicef, dentro de um plano emergencial para conter a propagação do vírus.
Estratégia de vacinação
A imunização segue o modelo de vacinação em anel, que consiste em proteger pessoas com maior risco de contágio, incluindo familiares, vizinhos e profissionais da linha de frente que tiveram contato com casos confirmados. A vacina Ervebo é considerada segura e eficaz contra a espécie Zaire do vírus Ebola, responsável pelo atual surto.
Um estoque pré-posicionado de 2 mil doses em Kinshasa, capital do país, garantiu a entrega imediata à província de Kasai. Além disso, o Grupo Internacional de Coordenação do Fornecimento de Vacinas aprovou o envio de 45 mil doses adicionais, que devem reforçar a campanha nos próximos dias.
Reforço da resposta
A resposta ao surto inclui não apenas vacinas, mas também tratamentos com anticorpos monoclonais (Mab114), já disponíveis no centro de Bulape para atendimento de pacientes. A OMS mobilizou 48 especialistas nas áreas de vigilância epidemiológica, cuidados clínicos, logística, prevenção de infecções e engajamento comunitário.
Nos países vizinhos, a agência da ONU trabalha em conjunto com os governos para reforçar a capacidade de detecção rápida de casos e a implementação imediata de medidas de contenção, prevenindo a disseminação regional.
Avaliação de risco
Segundo a OMS, o risco de saúde pública é considerado elevado em nível nacional, moderado em nível regional e baixo em nível global. A agência enfatizou que a vacinação rápida e a cooperação internacional são cruciais para evitar que o surto se espalhe além das fronteiras congolesas.
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