
Tribunal de Los Angeles considerou insuficientes as novas evidências de abuso apresentadas pela defesa
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA
Três décadas após o crime que chocou os Estados Unidos, a Justiça de Los Angeles negou o pedido de novo julgamento dos irmãos Erik e Lyle Menendez, que cumprem prisão perpétua desde 1996 pelo assassinato dos pais, José e Kitty Menendez. A decisão, proferida pelo juiz William Ryan, considerou insuficientes as novas evidências apresentadas pela defesa para alterar o veredicto.
Entre os novos elementos apresentados estavam uma carta escrita por Erik em 1988, na qual relatava abusos sexuais por parte do pai, e um depoimento do ex-integrante de boy band Roy Rossello, que também acusou José Menendez de abuso. Para o magistrado, essas provas não criariam “dúvida razoável” sobre a culpa dos réus e não fortaleceriam a tese de legítima defesa sustentada ao longo do julgamento.
O caso Menendez ganhou notoriedade mundial nos anos 1990, quando os irmãos confessaram o crime, mas alegaram terem agido para se proteger de anos de abuso físico, psicológico e sexual. O julgamento, amplamente televisionado, dividiu a opinião pública e se tornou um marco na cultura jurídica americana.
Mesmo após a confirmação da pena de prisão perpétua em maio de 2024 e a negativa de revisão de liberdade condicional em agosto, Erik e Lyle ainda alimentam esperanças de clemência. O pedido foi encaminhado ao governador da Califórnia, Gavin Newsom, que deverá se pronunciar nos próximos meses.
Enquanto aguardam uma resposta, os irmãos permanecem em regime fechado, mantendo viva uma das discussões mais complexas sobre violência doméstica, legítima defesa e justiça criminal na história dos EUA.
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