Além do tráfico de pessoas para fins sexuais, Edson José Contreras-Torrealba também foi condenado por posse de arma de fogo
Por Chico Gomes | GNEWSUSA
Na última terça-feira (16), um tribunal federal dos Estados Unidos condenou a 10 anos de prisão o imigrante ilegal venezuelano Edson José Contreras-Torrealba, de 34 anos, sob acusação de tráfico de pessoas e por ser um estrangeiro em posse de uma arma de fogo. As investigações foram conduzidas pela divisão de Investigações de Segurança Interna (HSI) do ICE.
De acordo com os autos do processo, Contreras-Torrealba conspirou com a ré Eyleen Aular-Marin, no período de fevereiro de 2024 a 19 de agosto de 2024, no sentido de recrutar, aliciar, abrigar, fornecer e transportas diversas mulheres para a prostituição em San Antonio, Texas.
As vítimas não tinham liberdade para sair do apartamento do venezuelano ou dos quartos designados sem a permissão dos cúmplices e eram obrigadas a trabalhar diariamente, a qualquer hora do dia ou da noite. Ademais, Contreras-Torrealba sempre portava uma pistola 9mm e inclusive estava com esta arma quando foi preso em um hotel de San Antonio, em 19 de agosto de 2024.
“A condenação deste predador internacional reforça nosso compromisso inabalável com a proteção dos mais vulneráveis e o combate às organizações criminosas transnacionais”, declarou o agente especial encarregado do HSI em San Antonio, Craig Larrabee. “Este caso destaca a importância crucial da colaboração entre nossos parceiros locais para desmantelar as redes criminosas que afetam San Antonio e além. O HSI continuará priorizando o combate ao tráfico de pessoas e às gangues para garantir que a justiça seja feita.”
O Procurador dos EUA para o Distrito Oeste do Texas, Justin R. Simmons, afirmou que a sociedade americana não pode tolerar a exploração de seres humanos para fins comerciais. “Se você pretende lucrar com a mercantilização sexual de seres humanos, não venha a San Antonio, nem a qualquer outro lugar no Distrito Oeste do Texas, porque nossos parceiros policiais, nos níveis local, estadual e federal, estão dedicados a acabar com a proliferação do tráfico de pessoas em San Antonio e em todo o Distrito”, avisou.
O chefe de polícia de San Antonio, William McManus, disse que a sentença envia uma mensagem clara de que o tráfico de pessoas e a atividade criminosa organizada não têm lugar na cidade. “Buscaremos justiça incansavelmente e manteremos nosso compromisso de proteger as vítimas, juntamente com nossos parceiros federais. A coragem daqueles que se apresentaram e a dedicação de nossos investigadores mostram o que é possível quando nossa comunidade se une contra a exploração.”
A comparsa do venezuelano, Aular-Marin, foi condenada em 3 de setembro a 70 meses de prisão. Outra envolvida, Ronayde Salazar-Garcia, que por duas semanas serviu como motorista para as vítimas no esquema de tráfico de pessoas e ajudou a garantir que as mulheres não saíssem de seus locais de confinamento, será julgada em 21 de outubro.
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