
Petrúcio Ferreira também brilha e se torna pentacampeão nos 100m T47; competição acontece em Nova Déli, na Índia
Por Schirley Passos|GNEWSUSA
A brasileira Beth Gomes, de 60 anos, conquistou neste sábado (27) o tetracampeonato mundial no lançamento de disco F53 no Mundial Paralímpico de Atletismo, disputado em Nova Déli, na Índia.
Com a marca de 17,35 metros logo na primeira tentativa, a atleta garantiu o ouro e ampliou sua histórica coleção de títulos. Na mesma manhã, o velocista Petrúcio Ferreira venceu os 100 metros T47 e se tornou pentacampeão mundial da prova.
A competição, que vai até 5 de outubro, marca o início da campanha brasileira no campeonato com resultados expressivos.
Beth Gomes abre Mundial com ouro histórico aos 60 anos
Primeira brasileira a competir na final, Beth precisou de apenas um lançamento para garantir o título. Sua marca de 17,35m superou com folga a das adversárias: a ucraniana Zoia Ovsii ficou com a prata (14,16m) e a russa Elena Gorlova levou o bronze (13,10m).
A classe F53 é destinada a atletas cadeirantes com comprometimento nos membros inferiores e no tronco. Cada competidora tem direito a seis lançamentos, e a melhor marca é válida.
“É um campeonato que vai ficar marcado na minha vida. Conquistar o tetra, nesse calor exorbitante e mesmo com esclerose múltipla, é uma realização imensa. Só gratidão por tudo”, disse Beth, emocionada.
Com o resultado, Beth soma agora títulos mundiais em Dubai 2019, Paris 2023, Kobe 2024 e Nova Déli 2025, além de dois ouros paralímpicos (Tóquio e Paris).
Petrúcio Ferreira confirma favoritismo e é penta nos 100m T47
Na sequência, o velocista Petrúcio Ferreira, de 28 anos, brilhou mais uma vez ao vencer os 100m T47, classe para atletas com deficiência nos membros superiores. Mesmo após um início desequilibrado, o brasileiro se recuperou na reta final e venceu com o tempo de 10s66.
A disputa foi acirrada: o chinês Shi Kangjun ficou com a prata, apenas dois centésimos atrás, e o brasileiro Thomaz Ruan terminou em quarto, com 10s82.
“Está faltando mão pra contar os títulos (risos). Essa foi uma das corridas mais difíceis da minha vida. Estou há 12 anos invicto, e sigo com a cabeça forte. Sou o homem a ser batido, mas gosto de desafios. Sem emoção não é o Petrúcio”, afirmou o velocista.
Petrúcio já havia vencido os 100m T47 nos mundiais de Londres 2017, Dubai 2019, Paris 2023 e Kobe 2024, além de ser tricampeão paralímpico.
Outros destaques: semifinais acirradas nos 100m T12
Na disputa dos 100m T12, o brasileiro Joeferson Marinho não conseguiu avançar à final. Ele terminou em terceiro lugar em sua bateria, com o tempo de 11s16. O destaque da prova foi o norueguês Salum Kashafali, que igualou o próprio recorde mundial, marcando 10s43.
Leia também:
Derrite assume relatoria de lei que enquadra PCC e CV como terroristas
Europa enfrenta dependência crescente de profissionais de saúde estrangeiros, alerta OMS
Faça um comentário