Novas regras exigem emprego formal, bom nível de inglês e participação em trabalho voluntário para obter residência permanente
Por Chico Gomes | GNEWSUSA
O governo britânico anunciou nesta segunda-feira (29) que vai endurecer os critérios para a concessão de residência permanente no Reino Unido. A medida foi apresentada pela ministra do Interior, Shabana Mahmood, durante a conferência anual do Partido Trabalhista, realizada em Liverpool, e faz parte de um pacote mais amplo para revisar a política migratória do país.
De acordo com a proposta, os estrangeiros que chegaram legalmente ao Reino Unido precisarão cumprir uma série de requisitos para obter a residência permanente, incluindo estar empregados, não ter antecedentes criminais, contribuir para a previdência social, demonstrar um nível avançado de inglês, não depender de benefícios sociais e participar de trabalhos voluntários em suas comunidades.
Atualmente, imigrantes que trabalham no país há pelo menos cinco anos podem solicitar o direito de residência permanente, que garante a possibilidade de morar, trabalhar e ter acesso a benefícios.
Com a mudança, o governo também estuda aumentar esse prazo de cinco para dez anos, além de elevar o nível educacional necessário para a obtenção de vistos de trabalho.
Segundo autoridades britânicas, a revisão das regras busca alinhar o sistema migratório às necessidades econômicas do país e responder ao crescente fluxo de pessoas que chegam ao território britânico. Somente neste ano, mais de 33 mil imigrantes cruzaram o Canal da Mancha em embarcações precárias, um número que pressiona a infraestrutura de acolhimento e a capacidade de resposta do governo. No último sábado, 895 pessoas chegaram à costa britânica, incluindo 125 em uma única embarcação — o maior número registrado em um único dia neste ano.
Desde o início de 2025, ao menos 27 pessoas morreram tentando realizar a travessia, de acordo com dados compilados pela imprensa internacional.
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