
Auxílios, programas sociais e elevação de tributos corroem poder de compra e aumentam a dívida das famílias
Por Ana Raquel |GNEWSUSA
O governo federal tem implementado um conjunto de políticas e programas sociais que buscam ampliar o auxílio à população, mas especialistas econômicos e analistas políticos apontam que essa expansão gera impactos significativos nas contas públicas e na economia real. Entre as iniciativas destacam-se o aumento do Bolsa Família, programas como o Pé-de-Meia e o Gás do Povo, além de propostas para isenção do Imposto de Renda para a faixa de até R$ 5 mil mensais.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/IBRE), o custo do Bolsa Família quintuplicou entre 2019 e 2024, transformando o benefício em uma alternativa ao emprego formal em alguns casos. O programa Pé-de-Meia, que incentiva a permanência na escola, tem um orçamento de R$ 12,5 bilhões anuais, enquanto o Gás do Povo deve custar mais R$ 5 bilhões.
Para a classe média, o governo prepara isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil mensais. Especialistas alertam que essa medida, sem a correção da tabela do IR, mantém a defasagem histórica e não resolve o problema fiscal de forma estruturada.
Além do aumento das despesas, o governo tem flexibilizado regras de crédito, como no empréstimo consignado para trabalhadores do setor privado. Essa estratégia busca estimular o consumo e aquecer a economia artificialmente, mas, segundo analistas, gera risco de endividamento crescente das famílias e pressiona ainda mais o orçamento público.
No campo da arrecadação, o governo e o Congresso trabalham em duas frentes: elevação de impostos e truques orçamentários para financiar os programas sociais. Entre as medidas discutidas estão tributação sobre lucros e dividendos e aumento da contribuição de super-ricos, enquanto a população sente o peso de impostos indiretos, como a “taxa das blusinhas” e a elevação do IOF.
O alerta dos especialistas é que o aumento dos gastos públicos sem reformas estruturais pode levar ao crescimento da dívida, à perda do poder de compra da população mais pobre e à pressão inflacionária, enquanto parte da sociedade continua dependente de políticas assistencialistas.
O debate sobre o impacto das políticas do governo Lula e do PT é intenso, e analistas defendem um equilíbrio entre auxílio social e responsabilidade fiscal, alertando que a continuidade do descontrole financeiro pode comprometer a sustentabilidade econômica do país e a capacidade do Estado de manter políticas públicas eficazes.
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