Em depoimento à CPMI, Fernando Cavalcanti defendeu a legalidade de seu patrimônio, rebateu acusações de ocultar bens e disse ter deixado o escritório do advogado por motivos de saúde e mudança de carreira
Por Paloma de Sá | GNEWSUSA
O empresário e economista Fernando dos Santos Andrade Cavalcanti negou nesta segunda-feira (6) qualquer participação no esquema de fraudes a benefícios do INSS e rejeitou a acusação de ser “laranja” do advogado Nelson Wilians, seu ex-sócio. Em depoimento à CPMI do INSS, na Câmara dos Deputados, Cavalcanti afirmou que seu patrimônio é fruto de atividades lícitas e compatível com sua trajetória empresarial.
Convocado como testemunha, Cavalcanti compareceu à comissão com o direito de permanecer em silêncio, garantido por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Mesmo assim, fez uma declaração inicial e respondeu a algumas perguntas do relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar (União-AL).
“Nunca fui laranja, operador ou beneficiário de qualquer esquema. Minha atuação sempre foi de gestor, e os pagamentos que recebi eram compatíveis com as funções que exerci e com a minha vida empresarial”, afirmou.
O empresário também ressaltou que foi citado na investigação por suposta ocultação de veículos de luxo, mas negou qualquer envolvimento direto com as fraudes investigadas.
“Ressalto que meu patrimônio é de origem lícita, compatível com minhas atividades profissionais e empresariais, com empresas regulares, contratos claros e notas fiscais emitidas”, declarou.
Cavalcanti trabalhou por 16 anos no escritório de Nelson Wilians, onde chegou a ocupar o cargo de vice-presidente. Ele disse ter deixado a sociedade por motivos de saúde e para seguir novos rumos profissionais.
Tanto Cavalcanti quanto Wilians foram alvos da Operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal (PF) em 12 de setembro. A ação investiga fraudes em aposentadorias e pensões do INSS que, segundo estimativas, causaram um prejuízo bilionário aos cofres públicos.
Durante as buscas, a PF apreendeu bens de alto valor, incluindo obras de arte, bebidas de luxo, motos e carros esportivos.
A CPMI segue apurando a possível ligação de Cavalcanti com o esquema e busca esclarecer as circunstâncias relacionadas à ocultação de veículos, suspeita que surgiu após a operação identificar tentativas de movimentação de bens de luxo antes das apreensões.
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