Ex-auditor é preso por forjar própria morte e fraude milionária

Investigação mostra esquema que enganou a Justiça e gerou perdas financeiras expressivas sob gestões do PT

Por Ana Raquel |GNEWSUSA 

A Justiça brasileira deu um passo firme no combate à corrupção e à fraude nesta terça-feira (21/10/2025). A 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decretou a prisão preventiva de Arnaldo Augusto Pereira, ex-auditor fiscal do município de São Paulo, acusado de forjar sua própria morte e apresentar uma certidão de óbito falsa em processo judicial em tramitação.

A decisão unânime dos cinco ministros manteve a condenação de Pereira e negou o agravo de recurso especial, garantindo que ele responda à pena de 18 anos, 2 meses e 12 dias de reclusão, pelos crimes cometidos.

Segundo o Ministério Público de São Paulo, Pereira integrou a chamada “Máfia do ISS”, esquema que desviou recursos públicos entre 2007 e 2013. Ele teria recebido R$ 1,1 milhão em propina para liberar a construção de um empreendimento residencial em Santo André (SP). Durante esse período, Pereira também ocupou cargos estratégicos, incluindo subsecretário de Finanças do município de São Paulo e secretário de Orçamento e Planejamento de Santo André, o que facilitou seu acesso a recursos e decisões administrativas.

Durante o período em que os crimes teriam ocorrido (2007 a 2013), o país era governado pelos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, ambos do Partido dos Trabalhadores (PT). No âmbito municipal, Santo André e São Paulo também eram administrados por gestões com forte influência política do mesmo partido, o que coincide com o período de atuação do esquema conhecido como “Máfia do ISS”.

O ex-auditor foi localizado em Mucuri, na Bahia, vivendo sob identidade falsa, e já havia sido preso temporariamente em 15 de outubro de 2025. O caso reforça que fraudes sofisticadas e tentativas de escapar da Justiça não passam despercebidas, mesmo envolvendo falsificação de documentos.

Especialistas destacam que a prisão tem impacto direto sobre a sociedade e o interesse público. “A captura de indivíduos que tentam fraudar a Justiça é crucial para proteger os cidadãos e garantir que o sistema legal funcione de forma eficiente”, afirmou um policial federal envolvido na operação, sob anonimato.

Além de punir o criminoso, a medida garante que recursos públicos sejam preservados e que a população tenha confiança no sistema judicial, servindo como alerta para órgãos de fiscalização e autoridades sobre a necessidade de monitoramento rigoroso de pessoas que ocupam cargos estratégicos e têm acesso a fundos públicos.

Com essa prisão, o STJ demonstra que a lei não pode ser burlada, mesmo por aqueles que tentam criar situações complexas para escapar da punição. A ação protege o interesse público, responsabiliza os envolvidos e reforça a credibilidade da Justiça no país.

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