Enamullah 0., de 29 anos, atacou um grupo de crianças de um jardim de infância em janeiro deste ano, deixando saldo de dois mortos e três feridos
Por Chico Gomes | GNEWSUSA
Um imigrante afegão que matou uma criança de 2 anos e um homem de 41 anos a facadas em Aschaffenburg, no sul da Alemanha, deve ser internado em um hospital psiquiátrico, determinou um tribunal alemão nesta quinta-feira (30). O homem identificado como Enamullah 0., de 29 anos, atacou um grupo de crianças de um jardim de infância em janeiro deste ano, deixando saldo de dois mortos e três feridos (outra criança de 2 anos e dois adultos).
Promotores acusaram o autor do ataque de homicídio, tentativa de homicídio, homicídio culposo, tentativa de homicídio culposo e diversos crimes de lesão corporal. Apesar de ter confessado os atos através de seu advogado, o migrante foi declarado inimputável pelo juiz Karsten Krebs, do Tribunal Regional de Aschaffenburg, por conta de uma doença mental. Seu advogado descreveu o ataque como o “ato de um homem louco”.
Para o magistrado “não há motivo ou explicação psicológica normal” para o ataque, afirmando que Enamullah O. agiu durante uma “fase psicótica aguda de esquizofrenia”. Com esse veredito, o afegão pode permanecer internado em um hospital psiquiátrico pelo resto da vida, passando por avaliações regulares sobre seu grau de periculosidade.
Ataque provocou debates sobre imigração
Realizado no dia 22 de janeiro, o ataque a uma turma do jardim de infância, que estava em um parque público acompanhada por duas professoras, suscitou preocupações da sociedade alemã sobre a imigração e impulsionou o apoio ao partido de ultradireita Alternativa para a Alemanha (AID). A sigla ficou em segundo lugar nas eleições gerais da Alemanha, ocorridas um mês depois.
Na época do atentado, o candidato do partido conservador de centro direita União Democrata Cristã (CDU), Friedrich Merz, exigiu uma revisão das regras de asilo, instigando o governo a determinar controles mais rígidos nas fronteiras. Ele acabou se tornando chanceler da Alemanha, após seu partido vencer as eleições.
Mesmo com toda a repercussão, ao julgar o caso ontem, o juiz disse que a comoção nacional não teve qualquer influência no processo. “Discussões políticas não têm lugar em processos criminais”, declarou.
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