Número de brasileiros em Portugal aumenta, apesar de redução no fluxo de imigrantes de modo geral

Dados são do relatório Perspectivas da Migração Internacional 2025, divulgado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE)
Por Chico Gomes | GNEWSUSA

Cresceu o número de brasileiros vivendo em Portugal de maneira regular, mesmo com uma redução da entrada de imigrantes de outros países. Entre 2023 e 2024, Portugal recebeu 99 mil brasileiros, com um aumento na taxa de imigração, enquanto, de um modo geral, 138 mil imigrantes chegaram ao país, resultando em uma queda de 2% em relação ao período anterior (2,7 mil pessoas a menos).

Os dados constam no relatório Perspectivas da Migração Internacional 2025, divulgado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que ressalta o aumento do número de brasileiros em solo português.

“Brasil, Angola e Cabo Verde foram as três principais nacionalidades de imigrantes em 2023. Entre os 15 principais países de origem, o Brasil registrou o maior aumento (99 mil) nos fluxos para Portugal em comparação com o ano anterior”, destaca o relatório.

Portugal tem atualmente 1,5 milhão de imigrantes, sendo a comunidade brasileira a maior de todas, com 500 mil pessoas. Vale destacar que neste número não são inseridos aqueles que possuem cidadania, porque não entram nas estatísticas oficiais da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA).

Mercado de trabalho

Ainda de acordo com o relatório, a maioria que emigra para Portugal vai iniciar em um novo trabalho ou buscar emprego. “Este número compreende 28% de imigrantes que se beneficiam da livre mobilidade, 44% de trabalhadores migrantes e 14% de familiares”, dizem os dados.

Grande parte dessa força de trabalho estrangeira, cerca de 57%, entra no mercado de trabalho em setores de baixa remuneração, como hospedagem, alimentação e serviços de construção civil.

Mesmo trabalhando com baixos salários, 41% dos imigrantes em Portugal possuem ensino superior às qualificações necessárias para as funções que desempenham, aponta o relatório da OCDE.

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