Com salário milionário e planos voltados à Copa do Mundo, craque pode deixar o clube em caso de rebaixamento; impacto financeiro e esportivo preocupa a diretoria
Por Schirley Passos|GNEWSUSA
O Santos vê na luta contra o rebaixamento do Campeonato Brasileiro muito mais do que uma questão de honra. Uma eventual queda para a Série B em 2026 pode comprometer diretamente a permanência de Neymar, principal estrela do elenco e símbolo do atual projeto esportivo e de reconstrução do clube.
Com salário mensal de R$ 4,14 milhões, o atacante representa um dos maiores custos da folha santista. Em caso de descenso, a queda na arrecadação e o novo orçamento da Série B tornariam inviável manter o contrato nos mesmos moldes, o que obrigaria o clube a renegociar valores ou até abrir mão do ídolo.
Além do peso financeiro, há o fator esportivo. Neymar, que busca retomar ritmo após um ano marcado por lesões, pretende estar em alto nível para disputar a Copa do Mundo de 2026 sob o comando de Carlo Ancelotti. Jogar a Série B poderia afastá-lo da seleção, já que o treinador da CBF exige atletas em ritmo competitivo e em ligas de maior nível técnico.
Internamente, o discurso é de concentração total para evitar a “tragédia”. O Santos ocupa posição perigosa na tabela, a apenas dois pontos da zona de rebaixamento, restando oito rodadas para o fim do Brasileirão. Falar sobre queda, porém, ainda é um tabu dentro do clube.
Contas e compromissos
Além dos salários, o Santos ainda tem de quitar uma dívida de R$ 85 milhões com a empresa N&R Sports, responsável pela gestão de imagem de Neymar.
O acordo, firmado no início do ano, será pago até o fim de 2026. A permanência do craque dependerá, portanto, da revisão desses valores em um novo contrato de imagem.
Relação próxima e projetos pessoais
Mesmo com os desafios, Neymar e sua família seguem profundamente envolvidos com o clube. O pai do jogador, Neymar Santos, participa de reuniões com a diretoria e de projetos de modernização do CT Rei Pelé e da Vila Belmiro. O atacante, por sua vez, investiu em imóveis na cidade e reafirmou o desejo de encerrar a carreira no Santos.
Apesar das dificuldades, a relação de afeto e os interesses empresariais mantêm aberta a possibilidade de negociação para 2026, ainda que a permanência dependa do desfecho dentro de campo nas próximas semanas.
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