Ventos de até 250 km/h e chuvas intensas causam destruição, deixaram feridos e desabrigaram centenas de famílias no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul
Por Ana Raquel |GNEWSUSA
O Sul do Brasil enfrenta uma situação crítica com eventos meteorológicos extremos, que combinam um ciclone extratropical e tornados de alta intensidade, deixando um rastro de destruição, mortos, feridos e centenas de desabrigados. Entre sexta-feira (7) e sábado, ventos de até 250 km/h, chuva intensa e granizo atingiram especialmente o Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, provocando danos materiais e humanos significativos.
Tornado no Paraná deixa mortos e destruição
Na cidade de Rio Bonito do Iguaçu, um tornado de categoria F‑2 destruiu cerca de 90% das casas e prédios. Até o momento, seis pessoas morreram, dezenas ficaram feridas e centenas de famílias foram desabrigadas. Entre os feridos, cerca de 30 apresentam lesões moderadas ou graves e aproximadamente 100 tiveram ferimentos leves. O Corpo de Bombeiros realizou mais de 430 atendimentos, enquanto autoridades municipais e estaduais trabalham para fornecer telhas, cestas básicas, colchões e kits de higiene às vítimas.
O tornado também afetou outras cidades, como Guarapuava, deixando rastros de destruição e reforçando a necessidade de planos de evacuação e apoio emergencial rápido.
Ciclone extratropical atinge o Sul e preocupa Defesa Civil
Enquanto o tornado devastava o Paraná, o ciclone extratropical avançava sobre o Sul do Brasil, provocando chuvas intensas e ventos de até 100 km/h no norte do Rio Grande do Sul, oeste de Santa Catarina e sul do Paraná. A Defesa Civil emitiu alertas de destelhamentos, desabamentos e enchentes, e recomenda que a população siga medidas de proteção.
Meteorologistas explicam que os ventos fortes associados ao ciclone e à frente fria devem avançar para o Sudeste ainda no sábado, chegando à região de São Paulo com risco de chuva intensa e rajadas localizadas.
Impactos e medidas de emergência
As cidades afetadas enfrentam desafios enormes: infraestrutura destruída, falta de energia, estradas bloqueadas e necessidade de assistência humanitária imediata. O governo estadual do Paraná já estuda decretar estado de calamidade pública para agilizar a reconstrução e o envio de recursos emergenciais.
Autoridades reforçam que a população deve:
• Evitar áreas de risco, como margens de rios e encostas instáveis;
• Seguir os alertas da Defesa Civil;
• Proteger portas e janelas em condições de ventos fortes;
• Preparar kits de emergência com água, alimentos e medicamentos.
Fenômenos extremos e mudanças climáticas
Especialistas alertam que eventos como tornados e ciclones extratropicais vêm se tornando mais frequentes no Brasil, refletindo mudanças climáticas globais. A Organização Meteorológica Mundial (OMM) estima que 2025 pode se tornar o segundo ano mais quente já registrado, aumentando a incidência de tempestades severas, enchentes e ventos extremos.
O episódio reforça a necessidade de planejamento urbano, políticas de prevenção de desastres e investimentos em infraestrutura resistente a eventos climáticos extremos, para minimizar perdas humanas e materiais em futuras tempestades.
Leia mais
Alemanha frustra Lula e mantém em segredo valor da doação ao fundo florestal
DHS recebeu mais de 200 mil inscrições para ingresso na força policial do ICE




Faça um comentário