PF prende cinco prestadores da COP30 com mandados ativos

Descoberta expõe falhas graves na fiscalização do governo Lula e levanta alertas sobre segurança do evento em Belém

Por Ana Raquel |GNEWSUSA 

A Polícia Federal revelou nesta segunda-feira (10) que cinco prestadores de serviço da COP30 em Belém (PA) possuíam mandados de prisão em aberto, descobertos após checagem de antecedentes como parte de um plano de segurança integrado envolvendo diversas forças públicas.

O levantamento da corporação analisou 25.694 nomes de profissionais, fornecedores e prestadores de serviço envolvidos na cúpula climática. Entre esses, 725 apresentaram algum registro negativo em bases de dados criminais e administrativas, culminando na identificação dos cinco indivíduos com pendências judiciais ativas.

“As verificações cruzam informações em bases de dados criminais e administrativas. Após a checagem, os resultados são encaminhados à coordenação do evento, responsável por adotar as medidas cabíveis”, afirmou a PF em nota oficial.

Segurança e gestão sob escrutínio

O episódio expõe falhas na seleção e supervisão de prestadores de serviço, levantando questionamentos sobre a capacidade do governo em organizar eventos de grande porte com padrões de segurança adequados. Especialistas destacam que, em eventos internacionais, o controle de antecedentes é fundamental, e que a descoberta de indivíduos com mandados ativos indica descuido administrativo.

Críticos afirmam que o caso evidencia contradições entre o discurso do governo Lula sobre responsabilidade e sustentabilidade e a execução prática do evento, indicando que a gestão não seguiu padrões rigorosos de controle.

Coordenação do evento

Segundo a Polícia Federal, as informações levantadas são repassadas à coordenação da COP30, que decide as medidas a serem adotadas em cada caso. O objetivo principal é garantir que todos os atuantes estejam regularizados e sem pendências, mas o incidente gera debates sobre como o governo verifica e monitora a atuação de profissionais em eventos de grande visibilidade.

Repercussão política

Parlamentares de oposição e especialistas em segurança criticaram a situação, destacando que eventos internacionais exigem maior rigor administrativo e fiscalização, especialmente quando envolvem investimentos públicos milionários.

“A segurança de um evento desse porte não pode depender de checagens de última hora. É preciso planejamento e responsabilidade administrativa”, afirmou um analista de políticas públicas, pedindo anonimato.

O caso reforça a necessidade de transparência e controle efetivo em eventos organizados pelo governo, sobretudo aqueles que mobilizam recursos e atenção internacional, como a COP30.

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