Brasil participa de intercâmbio internacional sobre cuidado infantil inclusivo

Foto: divulgação/MS
Representante do Ministério da Saúde integrou programação técnica na China e destacou avanços brasileiros na implementação do programa Caregiver Skills Training (CST), que apoia famílias e profissionais na promoção do desenvolvimento infantil
Por Paloma de Sá | GNEWSUSA

O Ministério da Saúde representou o Brasil no Encontro de Intercâmbio Técnico do Treinamento Caregiver Skills Training (CST), promovido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e realizado nos dias 2 e 3 de novembro de 2025, em Chongqing, na China. O evento reuniu especialistas e representantes de diversos países com o objetivo de fortalecer a cooperação internacional no cuidado e apoio a famílias de crianças com atrasos no desenvolvimento e/ou deficiência.

Cooperação global pelo desenvolvimento infantil

O CST é um programa internacional desenvolvido pela OMS para apoiar pais e cuidadores de crianças com atrasos no desenvolvimento e deficiência, incluindo o Transtorno do Espectro Autista (TEA). A iniciativa oferece estratégias práticas de estimulação, interação positiva e cuidados cotidianos que fortalecem o vínculo familiar e promovem o bem-estar das crianças.

Durante o encontro, especialistas de países da América, Europa e Ásia compartilharam experiências sobre a aplicação do programa em diferentes contextos e discutiram novas estratégias para ampliar o alcance do CST. Entre os temas abordados estiveram a capacitação de profissionais de saúde, os desafios da inclusão social e o fortalecimento de políticas públicas voltadas à primeira infância.

Brasil apresenta avanços e experiências

O Coordenador-Geral de Saúde da Pessoa com Deficiência do Ministério da Saúde, Arthur Medeiros, foi o representante oficial do Brasil e participou de painéis técnicos ao lado de autoridades da OMS, da Associação Chinesa de Estudos em Saúde Materno-Infantil e da Universidade Médica de Chongqing.

Medeiros apresentou as experiências brasileiras na implementação do programa, alinhadas às políticas do Sistema Único de Saúde (SUS) para a primeira infância e à inclusão da pessoa com deficiência. Segundo ele, o Brasil vem investindo em capacitações e na adaptação de metodologias do CST para a realidade nacional.

“O Brasil tem avançado em políticas inclusivas para a pessoa com deficiência. Estar aqui representou ampliar parcerias e fortalecer a cooperação internacional para que possamos adaptar, implementar e expandir soluções que façam sentido para a realidade brasileira”, destacou Arthur Medeiros.

Troca de experiências internacionais

O intercâmbio técnico contou com a presença de representantes de países como Argentina, China, Índia, Itália, Japão, Malásia, Sri Lanka, Estados Unidos e Vietnã. Os debates abordaram estratégias de implementação do CST, avanços em políticas de cuidado, pesquisas científicas e a expansão de práticas baseadas em evidências para o fortalecimento do papel das famílias no desenvolvimento infantil.

Além das apresentações e discussões em painéis, os participantes tiveram acesso a oficinas práticas e estudos de caso sobre a aplicação do programa em diferentes realidades culturais e socioeconômicas.

Formação e fortalecimento das redes de apoio

Após o encontro técnico, realizado nos dias 2 e 3 de novembro, os participantes seguiram para o Curso Nacional de Treinamento Avançado do CST, entre 3 e 7 de novembro, também em Chongqing. A capacitação fez parte da formação promovida pela OMS, com foco em multiplicar o conhecimento e aprimorar práticas de cuidado familiar.

O Ministério da Saúde brasileiro planeja expandir a implementação do programa no país, formando profissionais para atuarem junto a pais e cuidadores, oferecendo ferramentas que estimulem o desenvolvimento infantil, reduzam estigmas e reforcem o bem-estar das famílias.

Compromisso com a inclusão e o cuidado

A participação do Brasil no encontro reforça o compromisso do país com a cooperação internacional e o fortalecimento de políticas de cuidado integral à criança e à pessoa com deficiência.

Com a adesão ao programa da OMS, o governo brasileiro busca aprimorar a qualificação de profissionais da saúde e garantir que famílias em todo o território nacional tenham acesso a estratégias baseadas em evidências científicas, contribuindo para uma sociedade mais inclusiva e humana.

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