Alto custo de fabricação, superior ao valor nominal, leva governo a pôr fim à circulação da moeda mais tradicional do país
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA
A Casa da Moeda dos Estados Unidos anunciou, em 12 de novembro, a conclusão definitiva da produção da moeda de um centavo, decisão tomada quase nove meses após o presidente Donald Trump ordenar ao Departamento do Tesouro que interrompesse a cunhagem. A moeda, em circulação há mais de 200 anos, vinha apresentando custo de fabricação superior ao seu valor nominal há quase duas décadas.
Trump já havia declarado, em fevereiro de 2025, que cada moeda de um centavo custava mais de 2 centavos para ser fabricada. Na cerimônia oficial, o tesoureiro Brandon Beach carimbou a última unidade, marcando simbolicamente o fim da produção.
Segundo a Casa da Moeda, os EUA enfrentavam o 19º ano consecutivo em que o custo unitário do centavo superava seu valor de face. Em 2024, produzir cada moeda chegou a custar 3,69 centavos, gerando um gasto bruto de cerca de US$ 117 milhões. A moeda de cinco centavos também opera com custo superior ao valor que representa, chegando a 13,78 centavos por unidade.
Durante o evento, Beach destacou que, embora a fabricação tenha sido encerrada, as moedas já em circulação continuam válidas indefinidamente.
“Hoje nos despedimos da moeda de 1 centavo, mas o centavo segue sendo moeda corrente — e encorajamos todos a usá-lo”, afirmou.
Com a redução da oferta, muitos varejistas passaram a adotar o arredondamento dos valores para o níquel mais próximo, prática que vem se espalhando pelo país. A discussão chegou ao Congresso, onde a proposta da ‘Lei do Centavo Comum’ pretende oficializar essa regra. Caso seja aprovada, o centavo deixará não apenas de ser produzido, mas também de ter utilidade no cotidiano dos americanos.
LEIA MAIS:

Faça um comentário