Operação da FAB custou R$ 345 mil e gerou críticas de organizações internacionais, expondo o Brasil a constrangimento diplomático
Por Ana Raquel |GNEWSUSA
O governo de Luiz Inácio Lula da Silva voltou a se envolver em uma polêmica internacional após conceder asilo à ex-primeira-dama do Peru, Nadine Heredia, condenada a 15 anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro em conexão com o caso Odebrecht. A operação, realizada pela Força Aérea Brasileira (FAB), custou R$ 345 mil, valor revelado após pedido de informações do deputado Marcel van Hattem (Novo-RS).
Segundo a Transparência Internacional, a ação configurou uma desonra para o Brasil, com a FAB se transformando em um “piloto de fuga” da ex-primeira-dama, a mando direto do presidente Lula e do chanceler Mauro Vieira. Em comunicado publicado no X, a ONG afirmou:
“FAB se prestando ao papel de piloto de fuga da primeira dama peruana condenada por corrupção, será lembrado como um dos episódios mais infames da história latino-americana. Desonra que o povo brasileiro não merecia.”
Heredia e seu marido, Ollanta Humala, ex-presidente peruano (2011-2016), foram condenados pela Justiça do Peru por lavagem de dinheiro qualificada com financiamento ilegal, envolvendo o ex-ditador venezuelano Hugo Chávez e a construtora brasileira Odebrecht, para campanhas eleitorais de Humala em 2006 e 2011. Após a condenação, Heredia solicitou asilo na Embaixada do Brasil em Lima, pedido que foi aceito pelo governo Lula, permitindo que ela chegasse ao país em voo da FAB.
Enquanto isso, Ollanta Humala cumpre pena na prisão de Barbadillo, unidade destinada a ex-presidentes, que já abrigou líderes como Alejandro Toledo, Pedro Castillo e Alberto Fujimori. Apesar da gravidade do caso e das condenações internacionais, a defesa de Nadine Heredia solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que barrasse qualquer pedido de extradição ou mandado de prisão internacional contra ela.
O episódio reforça críticas ao governo Lula, que concedeu asilo à ex-primeira-dama peruana condenada por corrupção, numa decisão vista por especialistas como um ato de proteção política que contraria o combate à impunidade na América Latina.
O caso evidencia um problema central: ao conceder abrigo a uma condenada por corrupção, o governo Lula coloca o Brasil em xeque internacional, expõe a FAB a acusações de má conduta e reforça a percepção de que o país prioriza interesses políticos e ideológicos em detrimento da Justiça e da ética internacional.
Leia mais
Fracasso do governo Lula na COP30 expõe o Brasil à crítica internacional
Investigação sobre assassinato de ex-delegado em Praia Grande é concluída
Santos e Palmeiras duelam na Vila Belmiro em jogo atrasado do Brasileirão

Faça um comentário