Exoesqueleto criado por brasileiro devolve movimentos e esperança a pacientes com paralisia

Exoesqueleto criado pelo neurocientista Miguel Nicolelis Miguel Nicolelis/Arquivo Pessoal Exoesqueleto criado pelo neurocientista Miguel Nicolelis
Tecnologia brasileira reforça protagonismo do país na neurociência mundial e abre caminho para uma nova era na reabilitação motora
Por Paloma de Sá | GNEWSUSA

O Brasil voltou a ganhar destaque internacional com o exoesqueleto desenvolvido pelo neurocientista Miguel Nicolelis, uma das maiores referências globais em interfaces cérebro-máquina. A tecnologia revolucionária, que permite que pessoas com paralisia voltem a realizar movimentos antes impossíveis, representa um dos avanços mais significativos das últimas décadas na área de reabilitação motora.

Como funciona o exoesqueleto brasileiro

O equipamento funciona a partir da leitura de sinais elétricos emitidos pelo cérebro. Esses sinais são interpretados por um sistema de inteligência artificial e traduzidos em comandos que movimentam estruturas robóticas presas ao corpo do paciente.
O resultado: ações como dar passos, levantar-se e movimentar braços se tornam possíveis mesmo quando a medula espinhal foi gravemente danificada.

Segundo Nicolelis, a tecnologia é fruto de anos de pesquisas em neuroengenharia e neuroplasticidade. Os testes realizados com pacientes demonstraram não apenas melhora no controle motor artificial, mas também recuperação parcial de sensações e funções que antes se acreditava serem irreversíveis.

Avanço que nasceu da ciência brasileira

Nicolelis, que há anos lidera pesquisas em neurociência nos Estados Unidos e no Brasil, sempre destacou o papel dos cientistas brasileiros no desenvolvimento da tecnologia. O projeto ganhou reconhecimento mundial durante a abertura da Copa do Mundo de 2014, quando um jovem paraplégico deu o pontapé inicial usando o exoesqueleto.

Desde então, os aprimoramentos foram contínuos, incluindo:

  • maior precisão na captura dos sinais neurais;

  • IA mais rápida e capaz de aprender com cada sessão;

  • materiais mais leves e resistentes;

  • integração de sensores táteis que devolvem ao paciente parte da sensação de toque.

O objetivo atual é tornar o equipamento mais acessível e portátil, ampliando seu uso em centros de reabilitação no Brasil e no mundo.

Impacto na vida dos pacientes

Para muitos pacientes, o exoesqueleto representa muito mais do que tecnologia: é sinônimo de dignidade, autonomia e possibilidade de retomada de atividades cotidianas. Relatos de participantes dos estudos indicam ganhos importantes:

  • melhora da postura e equilíbrio;

  • redução de dores crônicas;

  • fortalecimento muscular;

  • recuperação gradual de movimentos voluntários.

A expectativa dos pesquisadores é que, nos próximos anos, o uso contínuo do exoesqueleto possa ajudar pacientes a recuperar funções naturais sem depender permanentemente da estrutura externa.

Próximos passos

Miguel Nicolelis e sua equipe trabalham agora em versões mais compactas e acessíveis, com potencial de uso em clínicas públicas e privadas. A expectativa é que a tecnologia seja integrada a programas de reabilitação intensiva e também utilizada em pacientes com diferentes níveis de lesão medular.

Além disso, há estudos avançados sobre a combinação do exoesqueleto com terapias de estimulação elétrica e treinamento imersivo em realidade virtual, ampliando ainda mais o potencial de recuperação.

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