Vômitos constantes e soluços durante o sono preocupam familiares do ex-presidente Jair Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar em Brasília
Por Ana Raquel |GNEWSUSA
O vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (PL), atualizou nesta sexta-feira (21) o estado de saúde do pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está em prisão domiciliar em Brasília desde 4 de agosto. Segundo Carlos, o político enfrenta episódios frequentes de vômitos e soluços, inclusive durante o sono, situação que gera preocupação quanto a possíveis complicações respiratórias e de refluxo.
“Estou com meu pai e jamais o vi assim. Ele soluça dormindo, e temo que o refluxo possa se tornar grave caso haja broncoaspiração. Quando acordado, vomita constantemente; enquanto dorme, fico com calafrios só de observar. Gostaria de relatar tudo, mas medidas legais me impedem de fazê-lo plenamente”, escreveu o vereador.
Em outra postagem, Carlos Bolsonaro afirmou que, segundo ele, existem tentativas de prejudicar fisicamente o ex-presidente:
“Mais uma noite difícil, mais uma madrugada sem descanso – cada hora assim desgasta o psicológico e o físico de qualquer pessoa. Nada disso é por acaso. Tudo tem um propósito: atacar a vida do meu pai e impactar profundamente aqueles que tentam apoiá-lo. Precisamos de forças renovadas para mais um dia de sobrevivência”, declarou.
Contexto da prisão domiciliar
A prisão domiciliar de Bolsonaro foi decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após descumprimento de medidas cautelares impostas pela Corte. Segundo o magistrado, o ex-presidente divulgou conteúdos por meio de telefonemas durante manifestações em 3 de agosto, com publicações feitas por apoiadores, incluindo filhos do político. Moraes considerou que essas ações demonstraram continuidade em tentativas de pressionar o Judiciário.
Em 11 de setembro, a Primeira Turma do STF condenou Bolsonaro por liderar uma trama golpista entre junho de 2021 e janeiro de 2023. A pena foi fixada em 27 anos e três meses de prisão, além de 124 dias-multa. Por unanimidade, a turma rejeitou os embargos de declaração apresentados pela defesa.
O relator destacou que não houve omissão no cálculo da pena, evidenciando que cada circunstância desfavorável ao réu foi devidamente fundamentada para cada conduta delitiva:
“Inviável alegar contradição ou omissão na fixação da pena, já que o acórdão detalhou todas as etapas do cálculo, especificando a penalidade de Jair Bolsonaro para cada ato praticado”, afirmou.
A defesa ainda pode apresentar um último recurso antes do trânsito em julgado, momento em que a pena poderá ser executada.
Leia mais
Terapia com anticorpos monoclonais pode revolucionar tratamento da febre amarela
Mundo falha em proteger mulheres: 840 milhões já sofreram violência
Eduardo Bolsonaro diz que suspensão de tarifas pelos EUA não tem relação com Lula

Faça um comentário