Avião usado por Maduro voa até a fronteira com o Brasil em meio à tensão militar no Caribe

Avião do regime venezuelano viaja para a fronteira com o Brasil • Reprodução/ADSB Exchange
Aeronave estatal venezuelana pousou a poucos quilômetros de Roraima antes de retornar a Caracas; autoridades brasileiras negam qualquer indício de fuga do líder venezuelano
Por Paloma de Sá | GNEWSUSA

Uma aeronave oficial da Venezuela realizou neste sábado (29) um voo incomum até a fronteira com o Brasil, em um momento de crescente pressão militar dos Estados Unidos sobre o governo de Nicolás Maduro. O trajeto foi registrado pelo ADSB Exchange, plataforma internacional que monitora rotas aéreas em tempo real.

Segundo os dados de rastreamento, o avião — um Airbus A-319 de matrícula YV2984, operado pela estatal Conviasa — partiu de Caracas e pousou no Aeroporto de Santa Elena de Uairén, cidade venezuelana localizada a cerca de 10 km da fronteira com Roraima. Após permanecer no local, a aeronave retornou para a região de Caracas.

O YV2984 integra a frota utilizada pelo alto escalão do governo venezuelano e já foi mencionado em sanções do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, que autorizam a apreensão do avião em território americano ou em países aliados. O modelo também já serviu ao transporte de Maduro em viagens anteriores.

Até o momento, não há qualquer confirmação de que o presidente venezuelano estivesse a bordo do voo que chegou próximo ao território brasileiro.

Autoridades brasileiras descartam sinais de fuga

Militares que atuam na faixa de fronteira em Roraima afirmaram que não existe qualquer informação indicando tentativa de fuga de Nicolás Maduro ou movimentação atípica que represente risco ao Brasil. Segundo oficiais que acompanham o monitoramento diário, nenhuma comunicação formal foi feita por autoridades venezuelanas.

Órgãos federais consultados, como Itamaraty, Polícia Federal e Ministério da Defesa, ainda não comentaram o episódio.

Tensão diplomática cresce após ameaça de fechamento do espaço aéreo

O sobrevoo ocorre no mesmo momento em que os Estados Unidos endurecem o discurso contra o regime venezuelano. Washington vem sinalizando possível fechamento do espaço aéreo sobre e ao redor da Venezuela, alegando intensificação da atividade militar no país.

Em resposta, o governo de Caracas classificou essas declarações como “ameaças contra sua soberania”, reforçando que considera ilegais quaisquer medidas de bloqueio aéreo.

Na última semana, a Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA) divulgou alertas às companhias aéreas sobre riscos ao voar na região, o que levou diversas empresas a suspenderem seus trajetos. A Venezuela reagiu revogando autorizações de operação de seis empresas internacionais.

Além da questão aérea, autoridades norte-americanas afirmam que preparam novas ações contra supostos grupos de narcotráfico no país. O governo venezuelano nega repetidamente essas acusações e rejeita a existência do chamado Cartel de los Soles, rotulado por Washington como organização terrorista.

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