Nova projeção confirma corte no valor esperado do piso nacional, reacendendo críticas sobre perda de poder de compra dos trabalhadores
Por Ana Raquel |GNEWSUSA
O governo federal anunciou uma nova projeção para o salário mínimo de 2026, reduzindo o valor estimado de R$ 1.631 para R$ 1.627. O recuo de apenas R$ 4 é justificado pelo Executivo pela menor expectativa de inflação em 2024, que serve de base para o reajuste anual do piso nacional.
Apesar do valor projetado ainda representar um acréscimo em relação ao salário atual de R$ 1.518, a revisão gerou forte reação de economistas e líderes da direita, que destacam a dificuldade do governo em garantir aumentos reais consistentes para os trabalhadores. Para críticos, a redução reforça a percepção de fragilidade na política econômica do Planalto e a falta de planejamento para proteger o poder de compra da população.
A estimativa foi enviada pelo Ministério do Planejamento e Orçamento à Comissão Mista de Orçamento e integra a revisão anual das projeções fiscais. O valor definitivo só será conhecido em 10 de dezembro, quando o IBGE divulgará os números consolidados da inflação de 2025.
Especialistas da direita destacam que, mesmo pequenas alterações, como a redução de R$ 4, têm impacto simbólico e político significativo. Para aposentados, pensionistas e trabalhadores que dependem diretamente do mínimo, cada ajuste reflete a postura do governo diante da economia real, aumentando a sensação de descaso com a população.
A discussão reacende questionamentos sobre a eficácia da fórmula de correção adotada pelo Planalto, que considera inflação mais crescimento do PIB, em um cenário de desaceleração econômica e crescente pressão fiscal.
Analistas políticos alertam que a medida pode gerar debates acalorados no Congresso e pressão sobre o governo para que mantenha compromissos de valorização do salário mínimo. Em um ano pré-eleitoral, a percepção de políticas econômicas frágeis tende a impactar negativamente a base de apoio do Planalto, segundo especialistas da direita.
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