Alagamentos, riscos de deslizamento e sirenes acionadas no Rio mostram o resultado de anos de descaso federal com infraestrutura e prevenção
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA
A cidade do Rio de Janeiro voltou a enfrentar, nesta terça-feira, o caos já conhecido: pancadas de chuva fortes, raios, rajadas de vento e comunidades inteiras em situação de risco. A Defesa Civil precisou emitir alertas preventivos e acionar sirenes em áreas vulneráveis, enquanto o Centro de Operações Rio registrava núcleos de chuva especialmente intensos nas zonas Oeste e Norte.
O que deveria ser apenas uma ocorrência climática se transforma, ano após ano, em um cenário de emergência — reflexo direto da ausência de investimentos federais robustos em prevenção, contenção de encostas e infraestrutura urbana. E, apesar das promessas de campanha, o governo Lula segue deixando estados e municípios à deriva em momentos de crise.
A população das comunidades, mais uma vez, foi orientada a evitar deslocamentos e a correr para pontos de apoio quando as sirenes indicassem risco iminente. Em bairros como Bangu, Quintino, Flamengo, Valqueire e até no Cantagalo, entre Copacabana e Ipanema, houve registros de tempestades intensas que colocaram moradores em alerta absoluto. Mesmo fora da capital, como em Duque de Caxias, o cenário foi de completa vulnerabilidade.
O Sistema Alerta Rio já havia previsto o risco de pancadas fortes devido a um sistema de baixa pressão no litoral — algo que poderia ser mitigado com políticas nacionais estruturadas de prevenção. Mas o governo federal continua adotando uma postura reativa, deixando a população à mercê dos desastres naturais que se repetem anualmente.
Alagamentos e bolsões d’água: problemas antigos que continuam sem solução
A lista de ruas alagadas e bolsões d’água fala por si e escancara o problema crônico:
Encerrados (4):
– Estrada do Mendanha (Campo Grande)
– Avenida Edgard Romero (Madureira)
– Rua 24 de Maio (Méier)
– Avenida Dom Helder Câmara (Pilares)
Ainda em aberto (10):
Realengo, Cascadura, Del Castilho, Méier, Tijuca, Sampaio, Centro, Padre Miguel, Quintino e outras regiões seguem inundadas.
Enquanto isso, o governo federal mantém discursos grandiosos, mas não apresenta planos sólidos de infraestrutura urbana, drenagem ou contenção de áreas de risco. O resultado é sempre o mesmo: comunidades inteiras vivendo com medo, cidades paralisadas e famílias desprotegidas.
A cada chuva forte, o Rio de Janeiro volta a gritar por socorro, e o governo Lula continua fazendo o que já virou rotina: olhando de longe.
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