Parlamentares do Novo afirmam que movimentações financeiras envolvendo um dirigente do PT e um contador ligado a Fábio Luís Lula da Silva justificam a oitiva na comissão
Por Paloma de Sá | GNEWSUSA
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS deve decidir, na sessão desta quinta-feira (4), se convoca ou não Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, para prestar depoimento. O pedido é assinado por parlamentares do Partido Novo, que apontam possíveis conexões financeiras entre pessoas próximas ao filho do presidente e envolvidos no esquema investigado pela comissão, conhecido como “Farra do INSS”.
Movimentações financeiras levantam suspeitas
O requerimento cita que o dirigente petista Ricardo Bimbo teria recebido valores elevados provenientes de entidades investigadas pelo esquema. No mesmo período, Bimbo quitou um boleto de pouco mais de R$ 10 mil ligado ao contador João Muniz Leite — profissional que cuidava das contas de Lulinha.
Muniz Leite, por sua vez, é alvo da Operação Fim da Linha, que apura suspeitas de lavagem de dinheiro ligada ao PCC. Para os autores da convocação, a coincidência entre os repasses, datas e vínculos profissionais levanta dúvidas que precisam ser esclarecidas publicamente.
Quem pede a convocação
O requerimento foi apresentado pelos deputados Marcel van Hattem (RS), Adriana Ventura (SP), Luiz Lima (RJ) e pelo senador Eduardo Girão (CE), todos do Novo. Eles defendem que ouvir o filho do presidente é essencial para esclarecer a origem e o destino dos recursos movimentados por pessoas de seu círculo.
Votação será nominal
O presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), confirmou que a análise do pedido será nominal, garantindo que cada parlamentar registre o voto de forma individual e transparente. Ele afirma que o objetivo é preservar a credibilidade da investigação.
Tentativas anteriores
A possível ida de Lulinha à CPMI acontece após outra tentativa de aproximar a investigação da família presidencial ter sido barrada. Em outubro, o colegiado rejeitou a convocação de José Ferreira da Silva, o Frei Chico, irmão de Lula e ex-dirigente de entidade citada nas suspeitas.
O que a convocação representa
Se aprovada, a ida de Lulinha à CPMI poderá ampliar o alcance das apurações e fortalecer a pressão política sobre o governo. A expectativa é de que o resultado da votação indique o grau de disposição do Congresso em aprofundar investigações envolvendo pessoas próximas ao presidente.
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