Governador mineiro vira alvo de cobrança, enquanto aliados de Lula ficam fora das investigações
Por Ana Raquel |GNEWSUSA
A CPI mista do INSS aprovou a convocação do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, para prestar esclarecimentos sobre a Zema Financeira, empresa do Grupo Zema, ligada à sua família. A instituição está sob investigação por oferecer empréstimos consignados a aposentados e pensionistas do INSS, com descontos que podem chegar a 40% do benefício, além de facilitar a portabilidade de contratos de outras instituições financeiras.
A convocação de Zema surge após indícios de que a empresa teria se beneficiado de práticas que comprometem a renda de aposentados e pensionistas, colocando em evidência a necessidade de transparência nas operações financeiras vinculadas a políticos.
Ao mesmo tempo, a CPI rejeitou, por ampla maioria, a convocação de Fábio Luís Lula da Silva, conhecido como Lulinha, filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e também do advogado-geral da União, Jorge Messias, indicado para vaga no Supremo Tribunal Federal.
A convocação de Lulinha foi rejeitada por 19 votos a 12, e a de Messias, por 19 votos a 11. O filho de Lula é alvo de reportagens que apontam supostos recebimentos de dinheiro de Antônio Carlos Camilo Antunes, o chamado “Careca do INSS”, mas não é investigado formalmente por descontos fraudulentos em benefícios. Deputados da base governista argumentaram que não existem provas que conectem Fábio às irregularidades apuradas pela CPI.
Por sua vez, Jorge Messias enfrentava pedidos de convocação da oposição sob a acusação de omissão em face de descontos indevidos em aposentadorias e pensões, que teriam sido detectados pela CPI. Parlamentares críticos afirmam que a AGU teria conhecimento prévio das irregularidades e não agiu, configurando, em suas palavras, possível prevaricação.
Enquanto isso, os requerimentos para convocação do ministro da Previdência, Wolney Queiroz, foram retirados de pauta, mas ele deve comparecer após o recesso parlamentar.
A decisão da CPI evidencia um padrão de pressão seletiva sobre figuras políticas: o foco se mantém sobre Zema, enquanto aliados do governo federal, como Lulinha e Messias, evitam prestar esclarecimentos, levantando críticas sobre equidade e imparcialidade nas investigações.
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