A jovem Maria Pantazopoulos foi arrastada pelo peso do próprio vestido enquanto posava em um rio conhecido por atrair ensaios “trash the dress”
Por Tatiane Martinelli |GNEWSUSA
O que deveria ser um momento criativo e celebrativo acabou se transformando em uma tragédia para a recém-casada Maria Pantazopoulos, de 30 anos. Dias após oficializar sua união com Billy, seu namorado de infância, Maria decidiu realizar um ensaio fotográfico no estilo “trash the dress”, tendência mundial em que noivas posam em cenários inusitados — muitas vezes envolvendo água, lama ou elementos naturais — para registrar imagens ousadas e simbólicas do fim do “cuidado” tradicional com o vestido de noiva.
Animada com a experiência, ela contratou o fotógrafo Louis Pagakis e escolheu o rio Ouareau, em Montreal, como cenário. A região é famosa por suas paisagens naturais, corredeiras e quedas-d’água, sendo frequentemente procurada para fotos profissionais. Segundo relatos, a sessão começou de forma tranquila, com Maria posando às margens do rio e caminhando por áreas rasas para capturar imagens mais espontâneas.
Contudo, a tragédia começou quando ela decidiu entrar um pouco mais na água para criar fotos de efeito com o vestido esvoaçando e tocado pela correnteza. O problema surgiu de forma rápida: o vestido, confeccionado com camadas volumosas de tecido pesado, absorveu grande quantidade de água em questão de minutos. O peso extra puxou a noiva para baixo com uma força inesperada, tornando impossível sustentar o próprio corpo ou voltar para a margem.
O fotógrafo correu para tentar ajudá-la, mas também foi surpreendido pela força da correnteza e pela dificuldade de lidar com o vestido encharcado. De acordo com ele, Maria ainda conseguiu pedir socorro, mas sua voz demonstrava desespero: “Não consigo mais. É muito pesado.” Em poucos instantes, ela foi arrastada para uma área mais profunda, desaparecendo sob a superfície.
Equipes de resgate foram acionadas imediatamente, mas devido às condições do rio — forte correnteza, pedras irregulares e baixa visibilidade — as buscas se estenderam por horas. O corpo da jovem foi encontrado apenas mais tarde, por mergulhadores especializados, já sem vida.
A família divulgou um comunicado expressando profunda tristeza e deixou claro que Maria jamais colocaria sua vida em risco deliberadamente. Eles destacaram que ela sempre foi cuidadosa e confiava plenamente no trabalho do fotógrafo. A nota também reforçou um pedido às autoridades locais para que ampliem as medidas de segurança no rio Ouareau, especialmente em pontos usados com frequência para ensaios fotográficos.
O caso reacendeu debates sobre a segurança de ensaios “trash the dress”, que têm se tornado cada vez mais populares e, em algumas situações, arriscados. Especialistas alertam que vestidos de noiva, por sua estrutura e camadas, podem se tornar extremamente pesados quando molhados, restringindo movimentos e representando perigo em ambientes aquáticos.
Essa não é a primeira vez que um episódio semelhante ocorre. Em 2015, a recém-casada Amy Zuno também foi puxada para baixo pelo próprio vestido durante um ensaio na água. Na ocasião, ela havia mergulhado de um barco e foi submersa rapidamente, mas conseguiu ser resgatada a tempo. Após o incidente, Amy afirmou não se arrepender da experiência, mas o episódio serviu como novo alerta para profissionais da área.
A morte de Maria Pantazopoulos, entretanto, marcou profundamente a comunidade e permanece como um dos casos mais impactantes ligados a esse tipo de ensaio. A história reforça a necessidade de cautela, planejamento e supervisão especializada durante atividades fotográficas em ambientes naturais.
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