Episódio com arma de pressão foi interpretado como ato antissemita, apesar de contestação da comunidade judaica
Por Chico Gomes | GNEWSUSA
Um professor associado da Faculdade de Direito da USP foi detido pelo Serviço de Imigração dos Estados Unidos após realizar um disparo com uma arma de pressão próximo a uma sinagoga em Massachusetts. O caso ocorreu em 1º de outubro, mas a prisão do brasileiro — identificado como Carlos Portugal Gouvêa — só aconteceu na última quarta-feira (3), após o governo americano revogar seu visto.
De acordo com o Departamento de Segurança Interna dos EUA, o episódio foi enquadrado pelas autoridades como um “tiroteio antissemita”. Gouvêa havia sido preso no dia do disparo e, em novembro, aceitou se declarar culpado por uso ilegal de arma de pressão, iniciando seis meses de liberdade condicional enquanto aguardava julgamento. Além disso, responde por perturbação da ordem, conduta desordeira e dano à propriedade.
O professor, que já lecionou em Harvard, concordou em deixar os Estados Unidos após a detenção. Nem ele, nem Harvard ou a USP se manifestaram sobre o caso.
O disparo aconteceu próximo à sinagoga Temple Beth Zion, às vésperas do feriado judaico de Yom Kippur. À polícia, Gouvêa afirmou que estava apenas tentando caçar ratos e que desconhecia tanto a proximidade do templo quanto a data religiosa. A própria sinagoga confirmou que o incidente não aparenta ter motivação antissemita, apesar da classificação adotada pelo governo americano.
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