Promotoria aponta apropriação indevida e pede devolução de valores e indenização ao clube
Por Schirley Passos|GNEWSUSA
O Ministério Público de São Paulo denunciou o ex-presidente do Corinthians Duilio Monteiro Alves pelo crime de apropriação indébita, sob a acusação de uso do cartão de crédito do clube para despesas pessoais durante sua gestão, entre 2021 e 2023.
A denúncia foi apresentada pelo promotor Cássio Conserino, o mesmo responsável pelo caso envolvendo o também ex-presidente Andrés Sánchez.
Segundo o MP, Duilio teria realizado gastos custeados pelo Corinthians em estabelecimentos sem relação com as atividades do clube, como free shops, restaurantes, hotéis, salão de cabeleireiro, loja náutica e sites de venda de roupas. De acordo com a Promotoria, as despesas somam R$ 41.822,62, já corrigidas pela inflação.
Além da devolução do valor apontado, o Ministério Público pede que o ex-dirigente pague R$ 31.366,96 a título de indenização por danos materiais ao Corinthians.
Também foi denunciado no mesmo inquérito o ex-gerente financeiro do clube, Roberto Gavioli, assim como ocorreu no processo que envolve Andrés Sanchez.
A defesa de Duilio, por meio do advogado Lucas Lopes Knupp, afirma que os gastos realizados com o cartão de crédito durante o período presidencial não ultrapassaram cerca de R$ 35 mil e que estariam compatíveis com as atribuições do cargo.
Segundo o comunicado, eventuais despesas sem vínculo direto com a função em valor inferior a R$ 1.300, teriam sido reembolsadas de forma espontânea e imediata, antes de qualquer investigação, sem prejuízo ao clube.
Agora, caberá a um juiz da Vara Criminal da Barra Funda, em São Paulo, decidir se aceita ou não a denúncia apresentada pelo Ministério Público. Paralelamente, Duilio segue sendo investigado por manter negócios com empresas suspeitas de serem de fachada.
O MP também solicitou à Justiça a aplicação de medidas cautelares, como a proibição de acesso às dependências do Corinthians, de contato com testemunhas e dirigentes, de exercer funções associativas ou de representação institucional do clube, além da restrição de viagens e monitoramento eletrônico.
Procurado, Duilio Monteiro Alves não se manifestou até a publicação desta reportagem.
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