Subclado do influenza A (H3N2) passa a ser monitorado globalmente; especialistas reforçam vacinação e vigilância para a temporada 2025–2026
Por Paloma de Sá | GNEWSUSA
O subclado K do vírus influenza A (H3N2), popularmente chamado de “gripe K”, passou a ser monitorado com mais atenção por autoridades de saúde em diferentes países após o aumento de sua circulação em 2025. Embora não seja um vírus novo, a variante apresenta mutações que exigem vigilância epidemiológica reforçada. Especialistas destacam que a vacinação contra a gripe e as medidas básicas de prevenção continuam sendo as principais ferramentas para reduzir casos graves e hospitalizações.
O que é a gripe K
A expressão “gripe K” não designa um novo vírus, mas sim um subclado do influenza A (H3N2), resultado de mutações naturais do vírus ao longo do tempo. Essas alterações ocorrem principalmente na proteína hemaglutinina, responsável pela entrada do vírus nas células, e podem afetar parcialmente a resposta imune da população, exigindo acompanhamento constante pelas redes de vigilância epidemiológica.
Onde surgiram os primeiros casos
Dados de vigilância indicam aumento da circulação do H3N2 com identificação do subclado K inicialmente em países da Europa e da Ásia a partir do primeiro semestre de 2025. Com o avanço da temporada de gripe no hemisfério sul, casos também passaram a ser detectados na América Latina, incluindo registros no Brasil. A presença em diferentes regiões do mundo reforçou o monitoramento internacional, mas sem indicação, até o momento, de medidas extraordinárias como restrições de viagem.
Monitoramento global e alerta das autoridades
Organismos de saúde acompanham a situação por meio de redes globais de vigilância da influenza, que analisam amostras e realizam sequenciamento genético para identificar mutações relevantes. O consenso técnico atual é de que o subclado K está amplamente distribuído, mas dentro do comportamento esperado de um vírus influenza em evolução sazonal. A recomendação é intensificar a vigilância e a comunicação clara com a população.
Sintomas e gravidade
Os sintomas associados à gripe K são os mesmos da gripe sazonal: febre, tosse, dor de garganta, congestão nasal, dores no corpo, dor de cabeça e cansaço intenso. Até agora, não há evidências de que o subclado K provoque quadros mais graves do que outros H3N2. No entanto, temporadas dominadas por H3N2 historicamente apresentam maior impacto em idosos, crianças pequenas, gestantes e pessoas com doenças crônicas, o que exige atenção especial.
Vacinas continuam sendo a principal proteção
As vacinas contra a gripe em uso incluem cepas do influenza A (H3N2). Especialistas avaliam que, mesmo diante de mutações, a vacinação continua sendo fundamental para reduzir o risco de formas graves, complicações e mortes. A eficácia específica contra o subclado K segue em análise, mas a orientação das autoridades de saúde é clara: quem faz parte dos grupos prioritários deve se vacinar assim que possível.
Prevenção e recomendações à população
- Manter a vacinação em dia, especialmente entre grupos de risco e profissionais de saúde;
- Adotar higiene respiratória, como lavar as mãos com frequência e cobrir nariz e boca ao tossir ou espirrar;
- Evitar aglomerações ao apresentar sintomas gripais e buscar atendimento médico em caso de agravamento;
- Seguir orientações oficiais das autoridades de saúde locais.
Como está a situação no Brasil
No Brasil, laboratórios de referência confirmaram a identificação do subclado K em amostras analisadas em 2025. O Ministério da Saúde e instituições científicas reforçam que não há, até o momento, aumento comprovado de letalidade associado especificamente a essa variante. Ainda assim, o país mantém vigilância ativa e campanhas de vacinação, com atenção especial a surtos em escolas, hospitais e instituições de longa permanência para idosos.
O que esperar nos próximos meses
O cenário mais provável é de continuidade da circulação do subclado K dentro do padrão sazonal da influenza. A principal preocupação é o impacto sobre os serviços de saúde durante períodos de maior transmissão. A resposta recomendada permanece a mesma: vacinação ampla, vigilância epidemiológica e comunicação transparente com a população.
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