Nova Gales do Sul aprova leis mais rígidas sobre armas após ataque em Sydney

Pacote de medidas amplia restrições à posse de armamentos e concede novos poderes à polícia em resposta a atentado em Bondi
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA

O estado de Nova Gales do Sul, o mais populoso da Austrália, aprovou nesta quarta-feira (24) um amplo conjunto de novas regulamentações sobre armas e segurança pública. A decisão ocorre após o ataque ocorrido na praia de Bondi, em Sydney, que deixou mortos e feridos e reacendeu o debate sobre a necessidade de medidas mais severas de controle.

O Parlamento estadual ratificou o Projeto de Lei de Emenda à Legislação sobre Terrorismo e Outras Leis durante uma sessão extraordinária. A proposta foi aprovada na câmara alta por 18 votos a 8, refletindo o consenso político em torno do endurecimento das normas de segurança.

O primeiro-ministro de Nova Gales do Sul, Chris Minns, reconheceu que as mudanças podem gerar resistência em parte da população, mas afirmou que a prioridade do governo é proteger vidas. As novas regras foram formuladas após o ataque registrado em 14 de dezembro, durante celebrações da festividade judaica de Hanukkah, que resultou na morte de 15 pessoas e deixou dezenas de feridos.

As alterações na legislação sobre armas foram classificadas por Minns como as mais rigorosas já adotadas no país. Pelas novas diretrizes, cidadãos poderão ter até quatro licenças de armas de fogo, enquanto produtores rurais terão limite de até dez armas, como forma de restringir o acesso e reduzir riscos à segurança pública.

O pacote também amplia os poderes das forças de segurança. A polícia passa a ter autorização para restringir manifestações públicas por até três meses após a declaração oficial de um ataque terrorista, medida que busca prevenir novos episódios de violência e preservar a ordem pública.

Relembre o ataque

Durante o início das celebrações de Hanukkah, autoridades australianas prenderam um homem e seu filho, acusados de planejar e executar o ataque que matou 15 pessoas e deixou cerca de 40 feridos em Sydney, no domingo, 14.

O filho, de 24 anos, ficou ferido durante a ação e segue internado em estado crítico. As investigações indicam que o ataque foi premeditado e teve como alvo a comunidade judaica local.

O chefe da polícia estadual, Mal Lanyon, informou que seis armas de fogo registradas estavam em nome do pai, que possuía licença legal havia cerca de dez anos. Além disso, equipes especializadas localizaram e desarmaram dois artefatos explosivos improvisados, cujo potencial destrutivo não foi detalhado pelas autoridades.

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