
Por Gilvania Alves
Em uma decisão que está surpreendendo a nação, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, autorizou na última quinta-feira (5) a construção de uma nova seção do muro na fronteira com o México, no sul do Texas. Com aproximadamente 32 quilômetros de extensão, essa medida visa conter o crescente fluxo de imigração que tem atingido níveis alarmantes.
Esta reviravolta na política de imigração do governo Biden é um choque para muitos, já que durante a campanha presidencial de 2020, Biden prometeu não construir mais partes do muro e rotulou a ideia como “não uma solução política séria”. Agora, é a primeira vez que o governo está usando seus poderes para aprovar a construção de uma nova seção.
As autoridades argumentam que estão utilizando fundos já designados para a construção da barreira, com a Alfândega e Proteção de Fronteiras dos Estados Unidos declarando que o Congresso alocou esses recursos no ano fiscal de 2019, destinados ao Vale do Rio Grande.
O aumento acentuado de entradas ilegais no país tornou-se uma vulnerabilidade para o presidente que busca a reeleição no próximo ano, e cidades já estão sentindo os impactos dessas chegadas. Nova York, por exemplo, prevê que os custos de moradia dos mais de 100 mil recém-chegados desde o ano passado aumentarão para U$$ 12 bilhões nos próximos três anos.
Neste contexto, o prefeito de Nova York, Eric Adams, expressou sua preocupação. Ele previu que os custos de moradia dos recém-chegados, transportados em ônibus de cidades americanas na fronteira, vão aumentar consideravelmente. Adams está atualmente em uma viagem pelo México, Colômbia e Equador, buscando formas de desencorajar novas travessias. “Estamos com capacidade máxima”, disse ele na última terça-feira, 3.
Essa mudança radical na política de imigração dos EUA promete gerar intensos debates e divisões, à medida que o governo busca soluções para controlar o fluxo migratório que afeta profundamente o país e suas cidades fronteiriças.
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