Manuella Martins, neuropsicopedagoga, e Emanuela Rainho, curadora do painel Healthtech da Rio Innovation Week 2023. / Arquivo pessoal
Último dia de Rio Innovation Week, sob curadoria de Emanuela Rainho, foi marcado por grandes inovações para a saúde mental
Por Nicole Cunha | GNEWS
Tecnologia trazida ao Rio Innovaion Week por Emanuela Rainho, vice-presidente da Associação Brasileira de Startup de Saúde, e apresentado por Manuella Martins, Diretora da Neurowork Rio e Neuropsicopedagoga clínica e institucional, busca tornar o tratamento assertivo.
Tecnologia aliada à saúde mental
O aparelho brasileiro é capaz de realizar o mapeamento cerebral por meio de 4 Canais que se alteram, que não só identificam funções elétricas cerebrais, mas também auxilia os profissionais de saúde a entenderem como o cérebro do paciente processa informações.
Nos últimos anos, a tecnologia tem desempenhado um papel transformador na abordagem dos desafios da saúde mental. Para saber mais a respeito da tecnologia, o GNEWS conversou a Manuella Martins, Diretora da Neurowork Rio e São Paulo, que também é e especialista em alfabetização de pessoas com autismo.
Angélica, da equipe do GNEWS, durante o mapeamento cerebral, feito por Manuella com o aparelho de EEG.
Acessibilidade e Precisão no Diagnóstico
Fundada por Tales Sales e Viviane Wisnievski, especialistas em neurociência, a empresa brasileira desenvolveu um dispositivo que permite o registro preciso dos padrões cerebrais do paciente com base em estímulos e respostas.
Utilizando a tecnologia de neurofeedback, uma empresa brasileira desenvolveu um aparelho capaz de mapear as ondas cerebrais para o tratamento de condições como TDAH, Autismo, depressão e ansiedade.
“A touca tem todas as marcações de cada parte do cérebro. As letras possibilitam o aplicador a ter uma melhor compreensão, e uma medida mais adequada da cabeça do paciente, para não ter o risco de trocar os pontos, e nem precisar do uso de fita métrica (do sistema 10 20)“, contou Manuella Martins, diretora da Neurowork Rio.
Um dos grandes diferenciais desse aparelho é sua capacidade de oferecer intervenções e melhorar o desempenho cerebral do paciente através da neuromodulação. Isso acontecer porque o cérebro humano também é capaz de aprender através de repetição e, dessa forma, é possível molda-lo e ensinar novos padrões.
“Os eletrodos são postos em pontos específicos aonde vamos medir, de forma bem refinada, o potencial de ação, o poder de cada onda especificamente em cada área do cérebro. “, disse Manuella.
A especialista Neuropsicopedaogia apresentou o aparelho na Rio Innovation Week 2023
O Processo de Monitoramento
O paciente é preparado para a sessão com a aplicação de eletrodos em pontos específicos, já definidos através da análise dos dados colhidos durante o mapeamento de eletroencefalograma. O profissional monitora as reações do paciente a diversos estímulos, permitindo uma compreensão mais profunda do perfil cerebral real do indivíduo.
De acordo com Manuella, isso permite que os profissionais personalizem abordagens de tratamento que se adequem à forma como o cérebro do paciente processa informações e desenvolva novas habilidades. Os estímulos variam desde a música favorita do paciente até filmes, leitura, séries e até mesmo aulas de vestibular.
O aparelho brasileiro está abrindo caminho para uma revolução na saúde mental, oferecendo aos profissionais ferramentas mais acessíveis e precisas para ajudar os pacientes a viverem vidas mais saudáveis e equilibradas. Com a tecnologia de neurofeedback, o Brasil se destaca como um pioneiro na busca por tratamentos mais eficazes e menos invasivos para condições neurológicas, psicológicas e educacionais.
Da esquerda para a direita: Nicole Cunha, Manuella Martins, e Angélica Cunha.
Nicole Cunha é jornalista e profissional com uma década de experiência em atendimento e formação em Gestão Comercial.
É responsável no GNEWSUSA por informações do meio político e atualidades, com o objetivo de trazer conhecimentos de forma dinâmica e de simples compreensão.
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