
Brasil recebe apoio de 12 países, mas veto dos EUA impede aprovação de proposta no Conselho de Segurança da ONU
Nesta quarta-feira (18), o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) foi palco de uma votação crucial, onde o Brasil propôs uma resolução visando abordar o conflito entre o Hamas e Israel. No entanto, o desfecho revelou a complexidade das relações internacionais e a influência das grandes potências no cenário global.
O texto da resolução, que contava com o apoio de 12 países, incluindo a China e a França, tinha como objetivo condenar os ataques do grupo terrorista Hamas, bem como exigir o fim do bloqueio a Gaza e a liberação do acesso de ajuda humanitária à região.
Entretanto, a resolução foi vetada pelos Estados Unidos, um dos membros permanentes do Conselho de Segurança, que detém o poder de veto, assim como o Reino Unido, Rússia, China e França.

O veto norte-americano aconteceu em virtude de uma alteração proposta pela Rússia, que incluía a demanda de um cessar-fogo imediato no texto da resolução, o que os EUA consideraram inaceitável. A votação revelou as divergências entre os membros do Conselho de Segurança em relação às estratégias para solucionar o conflito na região.
A sessão foi aberta pelo embaixador do Brasil na ONU, demonstrando o empenho do país em buscar uma solução diplomática para a crise em andamento.
Enquanto as negociações internacionais seguem, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fez um discurso em Tel Aviv, onde comparou as ações do Hamas em 7 de outubro a “atrocidades que nos lembram os piores atos do Estado Islâmico.”
Biden anunciou um pacote de ajuda humanitária sem precedentes de US$ 100 milhões (R$ 500 milhões) para Gaza e a Cisjordânia, demonstrando o comprometimento dos EUA em apoiar Israel. O presidente enfatizou que, neste momento, Israel está mais forte do que nunca.
Além disso, Biden comparou a incursão do Hamas a um dos eventos mais trágicos da história recente, o atentado de 11 de setembro de 2001, quando aviões controlados por terroristas se chocaram contra as torres gêmeas em Nova York. Para uma nação do tamanho de Israel, o impacto foi comparável a “15 ’11 de setembro’.”
A situação continua a evoluir, com desafios diplomáticos e políticos que ressaltam a complexidade do conflito no Oriente Médio. O Brasil, apesar do veto à sua resolução, permanece engajado em busca de soluções pacíficas para a região.
Faça um comentário