Ex-presidente faz promessa ousada durante comício, visando conter entrada descontrolada nos Estados Unidos.
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
Em um comício realizado no último domingo (17) em Reno, Nevada, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, lançou uma promessa polêmica, afirmando que, se reeleito em 2024, pretende realizar a “maior deportação da história norte-americana”. Em seu discurso, Trump criticou veementemente o atual presidente Joe Biden, responsabilizando-o pelo que descreveu como a entrada descontrolada de milhares de imigrantes no país.
“Diante dos milhões sem precedentes de estrangeiros ilegais de Biden que estão invadindo nosso país, é apenas de bom senso que, quando eu for reeleito, iniciaremos, e não temos escolha, a maior operação de deportação da história norte-americana. Nós precisaremos fazer isso”, declarou Trump, adotando uma postura firme diante da multidão.
Essa não foi a primeira vez que o ex-presidente abordou a questão. No sábado (16), Trump já havia feito comentários incisivos, alegando que os imigrantes que chegam aos Estados Unidos “envenenam o sangue do país”. O uso desta expressão chamou a atenção, uma vez que remete ao manifesto Mein Kampf, de Adolf Hitler, onde o líder nazista criticava a imigração e a mistura de raças.
As críticas às declarações de Trump não demoraram a surgir. A Casa Branca emitiu um comunicado condenando as palavras do ex-presidente: “Ecoar a retórica grotesca de fascistas e supremacistas brancos violentos e ameaçar oprimir aqueles que discordam do governo são ataques perigosos à dignidade e aos direitos de todos os americanos, à nossa democracia e à segurança pública. É o oposto de tudo o que defendemos como americanos.”
As declarações de Trump sobre imigração coincidem com um período de crise migratória nos Estados Unidos, agravada, principalmente, pela suspensão das medidas sanitárias de combate à covid-19. Em Nova York, as autoridades distribuíram panfletos em inglês e espanhol, alertando a população de que não há mais espaço na cidade para novos residentes, destacando a urgência e a complexidade da situação migratória no país.
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