
Biden, por sua vez, afirmou após o resultados das eleições que os Estados Unidos não apoiam a independência de Taiwan
Por Nicole Cunha | GNEWSUSA
O Ministério de Defesa da China afirmou na última sexta (12) que seu Exército está em alerta e que tomará medidas decisivas para impedir qualquer plano de independência de Taiwan, destacando a defesa da ‘soberania e integridade territorial’.
Posicionamento Chinês frente a Taiwan
Apesar de Taiwan buscar reforçar sua frota aérea com aquisições dos EUA, a China insiste que isso não impedirá a reunificação, sublinhando a oposição à independência da ilha.
“A independência de Taiwan é incompatível com a paz no Estreito de Taiwan.” – Gabinete de Assuntos para Taiwan, China.
A China considera Taiwan parte de seu território, mantendo a possibilidade de usar a força para reintegrá-la. Eleições presidenciais em Taiwan aumentam as tensões entre os países.
Com as eleições presidenciais, ocorridas hoje (13), a China define a escolha dos taiwaneses como crucial para a “paz e guerra”. O governo de Taiwan destaca a soberania da ilha.
Influência da China
O Partido Democrático Progressista (PDP) defende a identidade separada de Taiwan, enfrentando acusações da China. a China permanece em destaque, buscando influência após a eleição.
Autoridades de Taiwan já especulavam, antes mesmo das eleições, que a China possivelmente pressionaria o novo presidente, incluindo manobras militares, independente dos resultados. No entanto, acredita-se que as tensões diplomáticas se intensificarão novo cenário, já que Lai Ching-te não concorda com a política autoritária chinesa.
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Independência de Taiwan
Após a vitória do democrata, que é contra a unificação dos territórios, Biden declarou ainda que os Estados Unidos não apoiam a independência de Taiwan. É importante lembrar Taiwan tem hoje capacidade de se manter como um país, tendo eleições, exército, sistema monetário e judiciário próprios. A ilha também é líder mundial de produção de semicondutores, não dependendo da China economicamente.
Esse processo e conversas sobre a independência do território são bem antigos e bastante complexos. De forma bastante resumida, desde 1949 a China não designa um líder para a região, e apesar de Taiwan ter tudo o que define um país (assim como Hong Kong) e seja um território independente, no meio judicial e na visão mundial, permanece fazendo parte da China.
Atualmente, os taiwaneses encontram-se divididos entre os que defendem a unificação, aqueles desejam a independência total, e também os que acreditam que o melhor seria uma unificação parcial, onde a Ilha passe a ser um país, mas permanecendo ligada ao Estado chinês em aspectos específicos.
Em 2024, 13 países consideram Taiwan como Estado Soberano, que são Belize, Guatemala, Haiti, Honduras, Ilhas Marshall, Nauru, Palau, Paraguai, São Cristóvão e Nevis, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas e Tuvalu. Por essa razão, a vitória de Lai demonstra sinais de que a maior parcela da população taiwanesa deseja pôr um fim ao dilema de décadas.
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