
O Ex-presidente Jair Bolsonaro denuncia tentativa de constrangimento e nega ligação com operação em curso
Por Schirley Passos|GNEWSUSA
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reagiu à operação de busca e apreensão realizada pela Polícia Federal (PF) na casa da família em Angra dos Reis, afirmando que a intenção é “esculachar” com ele e sua família.
O alvo da operação era um de seus filhos, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ). Bolsonaro alega que estão tentando constrangê-lo e encontrar algo que o envolva em algum crime, mas assegura que isso não acontecerá, negando qualquer envolvimento com a suposta “Abin Paralela” mencionada na investigação.
“Estão jogando rede, pescando em piscina. Não tem peixe”, declara Bolsonaro sobre a operação. Ele estava em alto mar quando a PF chegou à residência em Angra dos Reis às 7h, entrando na casa por volta das 7h30. Bolsonaro e seus filhos, Carlos e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), só teriam recebido as informações por volta das 8h, retornando então à casa.
A residência em Angra foi palco de uma live no domingo (28), na qual a família abordou as investigações sobre a suposta “Abin Paralela”. Carlos teria se tornado alvo após celulares e computadores apreendidos em imóveis do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) indicarem que o vereador recebia informações da Abin sobre adversários políticos da família.
Além de Carlos, a investigação da PF abrange o suposto uso da agência para favorecer Flávio e Jair Renan, outro filho do ex-presidente. Bolsonaro negou a existência da “Abin Paralela”, classificando a investigação como uma “narrativa” e elogiando Ramagem como “cara fantástico” na live de domingo.
A PF, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes do STF, também cumpriu mandados no gabinete do vereador, em outra residência no Rio de Janeiro, além de locais em Formosa (GO) e Salvador (BA).
A ação busca avançar no núcleo político, identificando destinatários e beneficiários de informações produzidas ilegalmente pela Abin sob Bolsonaro, com relatórios e o uso do software espião First Mile no centro da investigação. A operação Vigilância Aproximada, desdobramento da Última Milha, deflagrada em outubro de 2023, visa apurar se a agência utilizou o software para monitorar ministros do STF e políticos adversários do ex-presidente.
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