Caso Renato Cariani: influencer Fitness e dois amigos indiciados por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro

Foto: Reprodução.
Investigação aponta esquema de desvio de produtos químicos para produção de drogas e falsificação de notas fiscais em empresa do influenciador
Por Schirley Passos|GNEWSUSA

Após uma intensa investigação que durou dez meses, a Polícia Federal (PF) de São Paulo concluiu o inquérito envolvendo o influenciador fitness Renato Cariani, indiciando-o, juntamente com seus dois amigos, Fabio Spinola Mota e Roseli Dorth, por crimes de tráfico equiparado, associação para tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Surpreendentemente, a investigação revelou um esquema complexo que envolve o desvio de produtos químicos para a produção de toneladas de drogas, supostamente destinadas ao narcotráfico.

O relatório final da PF aponta que o trio é acusado de utilizar a empresa Anidrol Produtos para Laboratórios Ltda., da qual Renato e Roseli são sócios, para emitir notas fiscais falsas de venda de produtos para multinacionais farmacêuticas. No entanto, os insumos não eram destinados a essas empresas; em vez disso, eram desviados para a fabricação de cocaína e crack, abastecendo uma rede criminosa de tráfico internacional vinculada a facções como o Primeiro Comando da Capital (PCC).

Com mais de 7 milhões de seguidores no Instagram, Renato Cariani é uma figura conhecida nas redes sociais. A PF alega que ele e Roseli tinham pleno conhecimento e participação direta no esquema criminoso, comprovado por interceptações telefônicas autorizadas judicialmente. O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público Federal (MPF), que decidirá se apresenta ou não denúncia contra o grupo. A Justiça Federal, posteriormente, terá a responsabilidade de decidir sobre o julgamento e, se condenados, a possibilidade de prisão.

O modus operandi do esquema envolvia a falsificação de notas fiscais e a utilização de “laranjas” para justificar depósitos em nome de grandes empresas farmacêuticas. Fabio Spinola Mota, apontado como o responsável pelo repasse de insumos entre a Anidrol e o tráfico, teria criado um falso e-mail em nome de um suposto funcionário de multinacional para dar continuidade ao plano criminoso.

Renato Cariani e o amigo Fábio Mota. Foto: Arquivo Pessoal.

A investigação, que teve início após a Receita Federal detectar depósitos suspeitos, revelou que cerca de 12 toneladas de diversos produtos químicos foram desviadas entre 2014 e 2021. A PF busca ainda identificar outros suspeitos no esquema, enquanto a defesa de Renato Cariani e Roseli Dorth contesta as conclusões da polícia, afirmando que são gravemente equivocadas. O desenrolar desse caso complexo aguarda as próximas etapas judiciais para determinar a responsabilidade e possíveis penalidades aos envolvidos.

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