
Ação conjunta com a Polícia Civil busca esclarecimentos sobre suspeitas de estelionato e lavagem de dinheiro; empresa afirma colaboração com autoridades
Por Schirley Passos|GNEWSUSA
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), em colaboração com a Polícia Civil do estado, iniciou nesta quinta-feira (01/02) a operação Mapa de Milhas, cumprindo 17 mandados de busca e apreensão em endereços de pessoas físicas e jurídicas em Belo Horizonte. O foco da ação é o grupo econômico ao qual a 123milhas pertence, com a investigação centrada em possíveis crimes de estelionato e lavagem de dinheiro.
A 14ª Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor da Capital lidera a investigação, com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco Central) e do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Ordem Econômica e Tributária (Caoet). O MPMG também atua na tutela coletiva dos consumidores afetados, buscando bloqueios judiciais de bens e valores das empresas e sócios envolvidos no grupo.
Em resposta, a 123milhas afirmou que sempre esteve à disposição das autoridades, fornecendo documentos sobre suas operações e colaborando com a Comissão Parlamentar de Inquérito das Pirâmides Financeiras. A empresa reforçou seu compromisso com responsabilidade e transparência, destacando que seus gestores estão dedicados ao processo de recuperação judicial para quitar débitos com credores.
Relembrando o caso:
A situação veio a tona em agosto de 2023, quando a 123milhas anunciou a suspensão da emissão de passagens da linha promocional, afetando viajantes com passagens flexíveis. A empresa prometeu reembolsos em vouchers, mas clientes relataram prejuízos ao receberem cupons parcelados e com limitações de uso.
A situação levou a 123milhas a ser alvo de órgãos de proteção ao consumidor e entidades públicas. Em agosto, a empresa entrou com pedido de recuperação judicial, posteriormente temporariamente suspensa em setembro após recurso do Banco do Brasil. A Justiça estendeu a recuperação judicial a outras empresas do grupo em setembro, acumulando dívidas superiores a R$ 2,5 bilhões.
Outros desdobramentos incluem a suspensão de estornos determinada em outubro para consumidores da 123milhas e a suspensão, em novembro, das cobranças por cartão de crédito para clientes que contestaram a fatura com antecedência. O cenário atual destaca a necessidade de esclarecimentos sobre as práticas do grupo econômico, enquanto gestores da 123milhas estão focados na recuperação judicial para quitar débitos com credores.
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