
Autoridades se unem para identificar vítimas possivelmente estrangeiras e esclarecer o caso no nordeste do Brasil
Por Carla Pereira/GNEWSUSA
A Polícia Federal (PF) está investigando a origem de vários corpos encontrados em um barco à deriva no litoral do Pará. As informações preliminares sugerem que as vítimas podem não ser brasileiras, mas possivelmente originárias do Caribe.
A identificação dos corpos é um desafio significativo que requer um trabalho meticuloso de perícia. Seis peritos foram enviados de Brasília ao Pará para participar da força-tarefa montada para a investigação. Outros especialistas, incluindo membros da equipe de Identificação de Vítimas de Desastres (DVI), Local de Crime e Medicina Legal, também foram enviados do Instituto Nacional de Criminalística (INC) ao estado.
O protocolo DVI, um protocolo internacional utilizado pela Interpol, está sendo aplicado para garantir que todas as vítimas sejam identificadas de forma precisa e digna. Este protocolo também permite que as famílias recebam os corpos para realizar as cerimônias de enterro adequadas e atender às exigências legais, quando necessário.
Os peritos estão analisando o DNA dos corpos e comparando-o com o banco nacional de perfis genéticos para determinar se há alguma correspondência. A hipótese de que as vítimas são estrangeiras é reforçada pelo fato de não haver relatos de brasileiros desaparecidos na região recentemente.
Uma das dificuldades enfrentadas pelos investigadores é determinar o número exato de corpos no barco devido às mutilações. A informação inicial sugere que poderia haver até 20 pessoas mortas na embarcação.
O barco foi encontrado à deriva no litoral de Bragança, uma cidade no nordeste do Pará, a cerca de 215 quilômetros da capital, Belém. Os pescadores que encontraram o barco relataram que os corpos estavam em estado avançado de decomposição.
O Ministério Público Federal (MPF) também se envolveu no caso e abriu duas investigações. O procurador-chefe do MPF no Pará, Felipe de Moura Palha, ordenou a abertura de uma investigação na área criminal e outra na área cível, que será conduzida pela Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão, um órgão do MPF responsável pela defesa dos direitos humanos.
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