
Estado enfrenta devastação após temporais, com centenas de desabrigados e infraestrutura comprometida. As chuvas intensas causam estragos em municípios e geram preocupação com novos temporais.
Por Schirley Passos|GNEWSUSA
As enchentes que assolam o Rio Grande do Sul já deixaram um rastro devastador, com um total de 100 mortos confirmados e outros quatro óbitos sob investigação, segundo a Defesa Civil do estado. Além disso, há 128 pessoas desaparecidas e 372 feridas em decorrência dos temporais.
Os números alarmantes refletem a magnitude da tragédia, que impactou diretamente mais de 1,4 milhão de pessoas, sendo 230,4 mil desabrigadas, das quais 66,7 mil estão em abrigos e 163,7 mil foram desalojadas, buscando refúgio em casas de familiares e amigos.
Com 417 dos 497 municípios do estado registrando algum tipo de problema relacionado às chuvas intensas, a situação é de calamidade em diversas regiões. As imagens de satélite obtidas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram claramente a extensão dos danos causados pelos temporais.
A previsão de mais chuvas para os próximos dias mantém o estado em alerta, especialmente nas áreas já afetadas. O prefeito de Porto Alegre recomendou a evacuação de moradores dos bairros Cidade Baixa e Menino Deus, após o aumento do nível da água na região.
A Arena do Grêmio, um dos pontos de apoio para desabrigados, enfrenta problemas de infraestrutura, com alagamentos, falta de água e luz. Hospitais de campanha foram montados pelo governo federal para atender as pessoas feridas e desabrigadas, com unidades já em operação em Estrela, Canoas e São Leopoldo.
A situação de emergência também afeta os serviços básicos, como energia e abastecimento de água. Mais de 400 mil imóveis estão sem luz, enquanto mais de meio milhão de clientes da Corsan estão sem abastecimento de água. A situação das telecomunicações também é crítica, com várias cidades sem serviços de telefonia e internet.
O impacto na educação é significativo, com 741 escolas de 233 municípios afetadas, impactando mais de 270 mil estudantes. As aulas foram retomadas em algumas regiões, mas em outras, como Porto Alegre, São Leopoldo, Estrela, Guaíba, Cachoeira do Sul e Canoas, ainda não há previsão de retorno.
As estradas estaduais registram bloqueios em diversos trechos, dificultando o acesso e a mobilidade. O Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, está fechado por tempo indeterminado, com todas as operações suspensas, devido aos alagamentos em suas instalações.
A situação permanece grave, e equipes de resgate e assistência continuam trabalhando incansavelmente para minimizar os impactos e prestar ajuda às comunidades afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul.
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