Navio da Marinha com UTI e estação de água potável parte para auxiliar o RS

Foto: Marinha.
Navio-Aeródromo Multipropósito Atlântico parte do Rio de Janeiro rumo ao Rio Grande do Sul, levando ajuda humanitária para enfrentar os efeitos das enchentes e alagamentos, com capacidade de produzir até 20 mil litros de água potável por hora.
Por Schirley Passos|GNEWSUSA

A Marinha do Brasil anunciou na última segunda-feira (6/5) que o Navio-Aeródromo Multipropósito (NAM) Atlântico, considerado o maior navio de guerra da América Latina, será enviado para ajudar a população do Rio Grande do Sul, que enfrenta uma crise hídrica devido às enchentes e alagamentos.

Participando de sua segunda missão humanitária no Brasil, o Atlântico sairá da Base Naval do Rio de Janeiro nesta quarta-feira (8/5) com destino à cidade de Rio Grande, no litoral gaúcho, em uma viagem estimada em três dias.

O navio transportará oito embarcações de pequeno porte e duas estações para tratamento de água, capazes de produzir até 20 mil litros de água potável por hora. Além disso, o Atlântico conta com um centro médico completo, sendo o segundo maior da frota da Marinha, equipado com UTI, sala de cirurgia, laboratório, consultório odontológico, enfermaria e farmácia.

Estrutura para atendimento médico do Atlântico, maior navio de guerra da América Latina — Foto: Marinha do Brasil

Segundo a Marinha, o Atlântico é especialmente adequado para missões de caráter humanitário, auxiliando vítimas de desastres naturais e realizando evacuações. Em 2023, o navio foi enviado para São Sebastião, em São Paulo, para ajudar no socorro às vítimas das enchentes na região.

O navio também possui duas estações de tratamento de água, que utilizam equipamentos de filtragem química. O processo envolve a captura da água do rio, pré-filtragem, decantação e filtragem final, resultando em água potável pronta para o consumo humano. Cada estação é capaz de produzir 20 mil litros de água por hora, contribuindo para suprir parte da demanda das cidades afetadas.

Estação de filtragem transportada dentro do navio da Marinha e que vai ajudar no RS. — Foto: Marinha do Brasil

Além do Atlântico, a Marinha enviará outros navios para o Rio Grande do Sul, incluindo o Navio de Apoio Oceânico Mearim e o Navio-Patrulha Oceânico Amazonas, que transportam três embarcações menores. A Fragata Defensora também será enviada com doações e suprimentos. A Marinha pretende instalar um hospital de campanha em Canoas, no Rio Grande do Sul.

O NAM Atlântico, de origem britânica, foi comprado pelo Brasil em 2017 e possui um extenso histórico de serviço, incluindo participação em operações humanitárias e navais ao redor do mundo. Sua chegada ao Rio Grande do Sul representa um importante apoio para a região, que enfrenta uma das piores crises hídricas de sua história.

Conheça mais sobre o Navio Atlantico:

O Navio-Aeródromo Multipropósito (NAM) Atlântico, considerado o maior navio de guerra da América Latina, possui uma estrutura médica impressionante para atendimento em suas missões humanitárias. Confira abaixo a lista de instalações médicas disponíveis a bordo:

  1. UTI com dois leitos: Equipada para casos graves que necessitam de cuidados intensivos.
  2. Banheira termal: Utilizada para aquecimento ou resfriamento em tratamentos médicos.
  3. Sala de trauma: Para tratamento de cortes simples e realização de curativos.
  4. Centro cirúrgico: Destinado a operações de urgência de pequeno e médio portes.
  5. Consultório odontológico: Para atendimento odontológico básico.
  6. Laboratório: Para realização de exames e análises médicas.
  7. Dois consultórios médicos: Para consultas e acompanhamento médico.
  8. Enfermaria com 8 leitos: Para internação e cuidados médicos.
  9. Farmácia completa: Com medicamentos e materiais médicos necessários.
  10. Recepção e sala de espera: Para acolhimento e espera dos pacientes.
  11. Copa: Para preparo de alimentos e refeições.

Essa estrutura médica é essencial para as missões do Atlântico, que frequentemente atua em situações de emergência e desastres naturais, proporcionando atendimento médico de qualidade em regiões afetadas.

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