Americana deverá ‘restituir’ medalha à romena, mas EUA planejam recorrer

Decisão do CAS confirma a desclassificação da medalha de bronze de Chiles nos Jogos Olímpicos de Paris; a USA Gymnastics explora opções legais.

 

Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA

A Corte Arbitral do Esporte (CAS) rejeitou, nesta segunda-feira, 12, o pedido da USA Gymnastics para uma nova análise da decisão que levou à revogação da medalha de bronze da ginasta Jordan Chiles nas Olimpíadas de Paris. Essa decisão do tribunal esportivo representa uma grande derrota para a federação americana, que tentava reverter uma alteração no pódio quase uma semana após a final de solo.

Jordan Chiles, que havia comemorado sua conquista no pódio, foi informada de que precisaria devolver a medalha após o Comitê Olímpico Internacional (COI) determinar, com base na decisão do CAS, que a romena Ana Barbosu deveria ocupar o terceiro lugar. A USA Gymnastics apresentou um vídeo ao CAS no domingo, alegando que isso provaria a legitimidade da medalha de Chiles. Contudo, o tribunal reiterou que, de acordo com suas regras, a questão não poderia ser reaberta.

A controvérsia surgiu de uma mudança nas notas que promoveu Chiles do quinto para o terceiro lugar. Após a apresentação da última ginasta, a treinadora Cecile Landi contestou a pontuação de dificuldade atribuída a Chiles. Os juízes revisaram a apresentação, ajustando a nota dela em 0,1 ponto, o que lhe conferiu uma posição acima de Barbosu. Entretanto, a federação romena recorreu ao CAS, que decidiu que a contestação tardia não deveria ser aceita, invalidando a revisão.

Com a definição do CAS, a Federação Internacional de Ginástica (FIG) atualizou os resultados e o COI confirmou que a medalha será entregue a Barbosu. A USA Gymnastics, por sua vez, declarou que seguirá buscando outras alternativas legais para tentar reverter a situação de Chiles.

Na final de solo, a brasileira Rebeca Andrade conquistou a medalha de ouro com uma nota de 14.166, enquanto a americana Simone Biles ficou com a prata, totalizando 14.133 pontos, apesar de algumas falhas na sua apresentação. Jordan Chiles, que foi a última a se apresentar, tinha inicialmente um total de 13.666, que a colocava em quinto lugar.

As ginastas romenas Ana Barbosu e Sabrina Maneca-Voinea obtiveram 13.700 pontos cada, mas Barbosu garantiu o terceiro lugar devido ao critério de desempate que favorece a execução. Após a contestação da treinadora de Chiles, a nota da americana subiu para 13.766, o que lhe rendeu a medalha de bronze.

As regras da ginástica permitem que treinadores pleiteiem revisões sobre a pontuação se acreditarem que os juízes erraram na avaliação. Contudo, elas devem ser solicitadas verbalmente antes da divulgação da nota da próxima atleta ou em até um minuto após a nota da ginasta que acabou de se apresentar, como foi o caso de Chiles.

A federação romena argumentou que a contestação de Landi ocorreu 1 minuto e 4 segundos após a divulgação da nota de Chiles, excedendo o prazo estipulado. O CAS concordou com esse argumento e decidiu que a revisão não deveria ser considerada, revertendo a nota de Chiles para 13.666.

A USA Gymnastics alegou ter um vídeo que comprovaria que Landi pediu a revisão dentro do prazo, mas o CAS não aceitou novas provas e manteve sua decisão.

A federação americana anunciou que continuará buscando alternativas legais, incluindo um recurso ao Tribunal Federal Suíço. Tanto a USA Gymnastics quanto o Comitê Olímpico e Paralímpico dos EUA (USOPC) reafirmaram seu apoio a Chiles, defendendo que ela merecia a medalha de bronze.

Após a decisão do CAS, Jordan Chiles decidiu se afastar das redes sociais, enfatizando a necessidade de cuidar de sua saúde mental. A federação também condenou os ataques dirigidos à atleta nas redes sociais, que se intensificaram após o início da controvérsia.


 

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