Disparos ocorreram dentro de apartamento onde o ex, um policial militar, estava com o filho; defesa alega legítima defesa e preocupação com a criança.
Por Ana Raquel |GNEWSUSA
Uma médica foi presa em flagrante no domingo 11 de agosto em Jaraguá do Sul, no norte de Santa Catarina, após atirar contra seu ex-companheiro, um policial militar, enquanto ele estava com o filho no apartamento que havia alugado para passar o Dia dos Pais. O incidente deixou o homem ferido, mas ele não corre risco de morte.
Segundo o delegado Caléu Mello, a vítima mora no Mato Grosso e havia pegado a criança na escola na sexta-feira 9 de agosto com uma ordem judicial, sem ter contato prévio com a ex-companheira. A médica, então, alugou um apartamento no mesmo local e invadiu o imóvel do ex-companheiro, ação que foi gravada por câmeras de segurança.
“Nas imagens, é possível ver que ela usa um objeto metálico para arrombar a porta. Três minutos antes de o ex-companheiro chegar com o filho, ela entra no apartamento e fecha a porta. Cerca de 57 minutos depois, os disparos são ouvidos,” explicou o delegado.
De acordo com o relato da vítima, ele foi surpreendido pela médica quando estava no banheiro do andar superior. “Ela teria saído do armário e disparado a cerca de um metro de distância,” disse Mello. A perícia indicará quantos tiros foram disparados, mas estima-se que pelo menos cinco disparos foram feitos com a arma registrada em nome da médica.
A vítima passou por uma cirurgia e aguarda outro procedimento, mas não corre risco de vida. A médica foi presa em flagrante, e a prisão foi convertida em preventiva. O delegado também mencionou que a médica possuía uma medida protetiva concedida há 2 anos e 6 meses, que tecnicamente ainda estava em vigor.
O advogado de defesa da médica, Daniel de Mello Massimino, afirmou que ela foi ao local preocupada com a saúde do filho, que estava com o pai e que ela não conseguia contatar.
Segundo o advogado, a médica temia pela segurança do filho e, por isso, foi armada ao apartamento. “Há um histórico de violência entre o casal, e a médica tirou o CAC (Certificado de Registro de Arma de Fogo) por conta dessa situação. Quando chegou ao local, houve um atrito verbal que culminou em agressão por parte do pai,” afirmou Massimino.
A defesa alegou que a médica agiu em legítima defesa para se proteger da agressão. “A situação é controversa, e as circunstâncias em que os fatos ocorreram ainda precisam ser esclarecidas,” concluiu o advogado.
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