Novas regras de imigração trazem desafios para Santa Catarina

Especialistas apontam impactos nas comunidades locais de imigrantes e na política de acolhimento humanitário do Brasil.

Por Gilvania Alves|GNEWSUSA

Recentemente, o Brasil adotou novas regras de imigração, alterando a forma de ingresso de estrangeiros. Agora, imigrantes sem visto não poderão embarcar e deverão retornar ao país de origem ou seguir para o destino indicado no bilhete, conforme as novas diretrizes.

Essas alterações surgem em resposta a preocupações de que o país estaria sendo utilizado como rota por redes criminosas de tráfico de pessoas. As medidas afetam viajantes estrangeiros de países que exigem visto dos brasileiros, reforçando o princípio da reciprocidade diplomática.

Segundo o advogado Wilian Knoner Campos, especialista em direito internacional, “essa mudança é importante para garantir que o status de refugiado no Brasil seja preservado para aqueles que realmente necessitam de proteção internacional”. Ele destaca que a medida visa evitar abusos no sistema de refúgio e garantir que os recursos sejam destinados a quem mais precisa.

Impacto em Santa Catarina

O estado de Santa Catarina, conhecido por abrigar um grande número de imigrantes, principalmente do Haiti, Venezuela e Senegal, poderá sentir os efeitos dessa nova legislação de forma direta. Comunidades inteiras de refugiados e imigrantes que buscam estabilidade política e oportunidades econômicas no Brasil poderão ver uma redução no número de entradas.

Wilian Knoner Campos observa que essa mudança acompanha uma tendência global de endurecimento nas políticas de imigração. Ele ressalta, no entanto, que “o Brasil deve monitorar constantemente essas medidas para assegurar que continue cumprindo suas obrigações humanitárias e internacionais”.

Enquanto a nova regra promete trazer mais clareza e eficiência ao sistema de refúgio, também pode dificultar o acesso de indivíduos em situações complexas, como crises humanitárias. O Brasil, conhecido por sua tradição de acolhimento, agora enfrenta o desafio de equilibrar a proteção de suas fronteiras com o compromisso de garantir direitos humanos a quem realmente necessita de ajuda.

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