Javier Milei consegue aprovação para manter veto ao aumento das aposentadorias

A Câmara dos Deputados da Argentina confirmou o veto de Javier Milei à reforma das aposentadorias do país. Foto/Reprodução.

Com 153 votos a favor e 87 contra, o presidente argentino assegura a manutenção de sua decisão e evita que a lei aprovada anteriormente seja reativada.

Por Gilvania Alves|GNEWSUSA 

Na última quarta-feira (11),  o presidente argentino Javier Milei conseguiu uma importante vitória política ao garantir que seu veto à Lei de Mobilidade dos Aposentados fosse mantido. A votação na Câmara dos Deputados resultou em 153 votos favoráveis à manutenção do veto, 87 contrários e oito abstenções, evitando assim que a oposição derrubasse sua decisão.

A Lei de Mobilidade dos Aposentados, que havia sido aprovada pelo Congresso Nacional semanas antes, visava ajustar as pensões e aposentadorias para compensar a alta inflação de 20,6% registrada em janeiro. No entanto, o reajuste proposto de 12,5% foi considerado insuficiente, levando à criação da lei.

Milei, fiel à sua promessa, vetou a lei assim que ela chegou ao seu gabinete. De acordo com a Constituição, a câmara de origem – neste caso, a Câmara dos Deputados – tinha a opção de tentar anular o veto presidencial. Contudo, a oposição não conseguiu reunir apoio suficiente para reverter a decisão.

“Os deputados que inicialmente apoiaram a lei mudaram de posição e agora votaram contra o aumento das aposentadorias que haviam promovido,” destacou um analista político sobre a mudança de postura dos parlamentares.

O projeto de lei, que buscava um aumento de 8,1 pontos percentuais nas pensões, recebeu a aprovação inicial no Congresso em junho e foi aprovado final no Senado em agosto. No entanto, apenas os membros do bloco La Libertad Avanza, ligado a Milei, haviam se posicionado contra o aumento desde o início.

O PRO, principal aliado do governo e liderado pelo ex-presidente Mauricio Macri, também teve papel crucial na votação. Macri, que havia apoiado a lei no Congresso, mudou de posição e, após uma reunião com Milei na residência presidencial de Olivos, declarou seu apoio ao veto. “A decisão de vetar a fórmula de mobilidade é a correta para controlar os gastos públicos,” afirmou Macri.

A decisão de Milei foi apoiada por vários deputados, incluindo cinco que, em junho, haviam votado a favor da lei.

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