
Operação conjunta com Polícia Federal e Ibama reforça combate ao garimpo ilegal e protege direitos indígenas.
Por Ana Raquel |Gnewsusa
Na última quarta-feira 9 de outubro, a Força Aérea Brasileira (FAB) realizou uma operação decisiva contra a mineração ilegal ao destruir um helicóptero utilizado para atividades clandestinas na Terra Indígena Yanomami, a maior reserva indígena do Brasil. A aeronave, um modelo EC350 (Esquilo), operava com matrícula falsa e foi interceptada em Campos Novos, uma clareira de difícil acesso no estado de Roraima.
Após identificar a aeronave, a FAB utilizou explosivos para destruí-la no local. Segundo o governo, essa ação causou um impacto significativo nas operações dos garimpeiros, que utilizam helicópteros para acessar áreas remotas e transportar minérios e suprimentos necessários para suas atividades ilegais.
O helicóptero destruído era essencial para o transporte de equipamentos e suprimentos usados na mineração ilegal, incluindo cassiterita, um mineral valioso, além de combustível de aviação e mantimentos. Esta ação é parte de uma série de iniciativas do Governo Federal para coibir a exploração ilegal na Terra Yanomami e proteger os direitos das comunidades indígenas.
A operação foi realizada em colaboração com a Polícia Federal (PF) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A Casa do Governo, responsável pelo monitoramento de ações contra o garimpo ilegal, coordenou a operação. Nilton Tubino, diretor da Casa de Governo, ressaltou que a ação demonstra o comprometimento do governo em proteger a Terra Indígena Yanomami. “Eliminando os recursos logísticos dos garimpeiros, estamos dificultando suas operações e reafirmando a presença do Estado na preservação das populações indígenas”, afirmou.
Além da destruição da aeronave, a operação resultou na apreensão de aproximadamente 500 quilos de cassiterita, assim como combustível de aviação e outros suprimentos utilizados pelos garimpeiros. As ações do governo contra o garimpo ilegal, desde março até outubro de 2024, geraram um estimado prejuízo de R$ 219 milhões aos envolvidos na mineração clandestina.
Essas iniciativas visam não apenas coibir a exploração desenfreada de recursos naturais na Terra Yanomami, mas também garantir a proteção dos direitos dos povos indígenas que habitam essa região. A continuidade dessas operações é crucial para preservar a biodiversidade local e a cultura indígena, reafirmando o compromisso do governo com a sustentabilidade e a justiça social.
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