Desde 2020, Christian B é investigado por suspeita no desaparecimento, mas autoridades ainda tentam encontrar evidências forenses que o liguem ao caso.
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA
O promotor alemão responsável pela investigação do desaparecimento de Madeleine McCann revelou que não há expectativas de que o principal suspeito do caso venha a ser formalmente acusado. O desaparecimento da menina britânica ocorreu em maio de 2007, enquanto ela estava de férias com a família na Praia da Luz, em Portugal.
De acordo com informações, em 2020, promotores alemães começaram a examinar um indivíduo identificado como Christian B., que possuía um histórico criminal e estava vinculado a investigações anteriores. O interesse por esse sujeito aumentou após um apelo feito em 2017, que resultou na descoberta de novas informações.
A Scotland Yard, por sua vez, ainda considera Madeleine como uma pessoa desaparecida, visto que não existem provas conclusivas sobre seu estado atual, seja viva ou morta.
Hans Christian Wolters, o promotor à frente da investigação, expressou a convicção de que o público compartilharia sua opinião sobre o suposto envolvimento de Christian B. se tivesse acesso às evidências coletadas. No entanto, tais informações nunca foram divulgadas. Recentemente, Wolters admitiu que as chances de que Christian B. seja indiciado são mínimas, pois ainda busca evidências forenses que o conectem ao desaparecimento da criança, que tinha quase quatro anos na época.
“Neste momento, não há perspectiva de indiciamento no caso Maddie”, declarou Wolters, mencionando que a prisão de Christian B. está prevista para terminar no início de setembro.
Em defesa, Christian B. sempre negou qualquer participação no desaparecimento de Madeleine, alegando que estava a muitos quilômetros do local na noite em que ela sumiu. Atualmente, ele cumpre pena na Alemanha por ter estuprado uma mulher americana de 72 anos em Portugal, em 2005, e já possui condenações anteriores por abuso sexual de crianças.
- As autoridades suspeitam que ele tenha residido intermitentemente no Algarve entre 1995 e 2007 e, segundo relatos, teria confessado a um amigo que sabia sobre o desaparecimento de Madeleine.
Em resposta às declarações do promotor, Philipp Marquort, um dos advogados de defesa de Christian B., afirmou que isso reforça as suspeitas de que não existem evidências sólidas contra seu cliente. Ele também lamentou a falta de acesso aos documentos da investigação, o que dificulta a defesa e alimenta a percepção pública negativa gerada pelas declarações do promotor de Braunschweig.
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