Comitê americano repudia decisão do STF brasileiro que impede viagem de Bolsonaro aos EUA

Deputados republicanos se posicionam contra veto do STF e destacam a importância de Bolsonaro nas relações com os Estados Unidos

Por Gilvania Alves|GNEWSUSA 

A Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, dominada por membros do Partido Republicano, se manifestou contra a decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes, que impediu o ex-presidente Jair Bolsonaro de participar da posse de Donald Trump, marcada para o próximo dia 20 de janeiro de 2025. A postura dos parlamentares republicanos reflete o apoio contínuo a Bolsonaro, que segue sendo considerado uma figura importante nas relações entre os dois países.

Brian Mast, deputado da Flórida e líder da comissão, expressou publicamente seu apoio a Bolsonaro, afirmando que o ex-presidente brasileiro é “um patriota e amigo da América”. A declaração de Mast enfatiza o alinhamento político e ideológico entre Bolsonaro e os republicanos, um ponto que se torna cada vez mais relevante, principalmente após a vitória de Trump nas eleições de novembro.

A decisão de Moraes foi considerada um ataque à liberdade e uma tentativa de enfraquecer Bolsonaro, que, segundo seus aliados, continua a ser um adversário político do atual governo brasileiro. A crítica não se limitou a membros da comissão, sendo também compartilhada por outros políticos republicanos e aliados de Bolsonaro.

Reações de aliados no Brasil e nos EUA

Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, reagiu de maneira incisiva à decisão de Moraes. Ele fez um longo comentário em inglês em uma rede social oficial da Comissão de Relações Exteriores, onde destacou que a medida “compromete a credibilidade do Brasil”, comparando a situação à de regimes autoritários como o da Venezuela. Em seu comentário, ele ainda declarou que “tudo não passa de uma desculpa para prejudicar o trabalho do maior adversário de Lula da Silva”.

Além de Eduardo, o deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) também se manifestou contra a decisão, chamando a situação de “um absurdo”. Ele demonstrou seu agradecimento ao apoio internacional, destacando que as ações contra Bolsonaro são injustas e têm como objetivo enfraquecer sua imagem, tanto no Brasil quanto no cenário internacional.

O impacto da decisão de Moraes nas relações Brasil-EUA

A decisão do ministro Alexandre de Moraes, tomada no dia 16 de janeiro de 2025, de manter o passaporte de Bolsonaro apreendido, impediu que o ex-presidente comparecesse à posse de Trump. A medida tem gerado uma série de críticas internas e internacionais, especialmente entre os aliados de Bolsonaro, que consideram essa ação como parte de uma perseguição política que visa prejudicar a imagem do ex-presidente.

A proibição de Bolsonaro de comparecer à cerimônia de posse de Trump não apenas enfraquece a imagem do Brasil no cenário internacional, mas também cria um ambiente de tensão entre os dois países. O apoio da Comissão de Relações Exteriores dos Estados Unidos, que elogiou Bolsonaro como uma figura importante para a relação bilateral, destaca a crescente influência do ex-presidente brasileiro nos Estados Unidos.

Ao mesmo tempo, a decisão de Moraes serve para acirrar ainda mais os ânimos entre os aliados de Bolsonaro, que veem nas ações do STF uma tentativa de silenciar uma oposição política forte e expressiva, como a de Bolsonaro, que segue sendo uma figura central nas disputas políticas dentro e fora do Brasil.

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