Operação no Brasil desarticula rede de contrabando no litoral do Piauí

Operação Conexão Cajueiro revela logística criminosa que movimentava R$ 250 milhões em mercadorias ilegais pelo país. 

Por Ana Raquel |GNEWSUSA 

A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quinta-feira (23), a Operação Conexão Cajueiro, que desmantelou uma organização criminosa responsável pelo contrabando de mercadorias estrangeiras utilizando portos clandestinos no litoral piauiense. O esquema envolvia o transporte de cigarros de venda proibida no Brasil e roupas falsificadas, com uma movimentação estimada em mais de R$ 250 milhões.

Logística internacional de contrabando

As investigações apontaram que o grupo criminoso usava portos clandestinos situados em Cajueiro da Praia, no Piauí, no estuário dos rios Timonha e Ubatuba. Os barcos, carregados no Suriname, traziam mercadorias ilegais que eram desembarcadas no litoral piauiense e, em seguida, transportadas em caminhões até São Paulo, onde os produtos eram distribuídos.

Segundo a PF, as operações contavam com um esquema logístico sofisticado, que incluía pessoas treinadas para conduzir as embarcações e organizar o descarregamento das mercadorias. Entre os itens apreendidos estavam cigarros contrabandeados e roupas falsificadas de marcas conhecidas.

Prisões e ações policiais

Durante a operação, foram cumpridos 22 mandados de busca e apreensão em diferentes estados: Piauí, Ceará, Maranhão, Pará e São Paulo. As cidades incluídas na ação foram:

•Parnaíba, Cajueiro da Praia e Teresina (PI);

•Chaval e Sobral (CE);

•Peritoró e Santa Inês (MA);

•Abaetetuba (PA);

•São Paulo (SP).

A PF prendeu cinco pessoas, incluindo dois policiais militares, que são suspeitos de facilitar a entrada das mercadorias contrabandeadas. Dois integrantes permanecem foragidos, enquanto um dos líderes do grupo foi assassinado em 2022, em uma disputa interna pelo controle do esquema.

O coronel Erisvaldo Viana, comandante do 2º Batalhão da Polícia Militar de Parnaíba, declarou:

“Se demonstrado que são indignos e continuarem nas fileiras da PM, com certeza serão expulsos.”

Investigação começou com assassinato de líder

As investigações da PF tiveram início em 2022, após o assassinato de um dos líderes da organização criminosa em Cajueiro da Praia. A motivação do crime foi uma disputa interna pelo controle das atividades ilegais. O homem assassinado era o responsável pelas operações de desembarque e transporte das mercadorias contrabandeadas.

Em maio de 2023, uma embarcação foi localizada entre o Piauí e o Ceará, contendo dois fuzis e munições, o que reforçou as suspeitas sobre o esquema criminoso.

Sequestro de bens milionários

Além das prisões, a Justiça Federal determinou o sequestro de bens e valores superiores a R$ 250 milhões, montante equivalente ao que foi movimentado pelo grupo no período investigado.

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