Surto de viroses em Florianópolis preocupa autoridades de saúde e turistas

Aumento nos casos está relacionado ao calor, fluxo de turistas e contaminação de água; cuidados são essenciais.

Por Ana Raquel |GNEWSUSA 

Florianópolis, capital de Santa Catarina, enfrenta um surto de viroses nas últimas semanas, segundo informações da Secretaria Municipal de Saúde e da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive/SC). O número de casos está acima da média histórica para o período, reflexo do calor intenso, grande fluxo de turistas e possíveis contaminações ambientais.

Cenário do surto

Com uma população de aproximadamente 576 mil habitantes, Florianópolis espera receber mais de 2 milhões de turistas até março, conforme estimativa da prefeitura. O aumento no número de pessoas na cidade durante o verão, associado a hábitos alimentares e exposição a águas contaminadas, são fatores que contribuem para o surto, conforme explica Ana Paula Corrêa, chefe da divisão de doenças de transmissão hídrica e alimentar da Dive/SC.

De acordo com Oscar Bruna-Romero, professor e pesquisador da UFSC, surtos de viroses gastrointestinais são comuns no verão e, muitas vezes, estão ligados ao norovírus, um agente transmitido pela via oral-fecal. Ele alerta que o vírus pode ser contraído ao consumir água, gelo ou alimentos contaminados, além de banhos em rios e no mar com presença de fezes humanas.

Sintomas e tratamento

Entre os principais sintomas das viroses estão:

•Dores abdominais

•Vômitos

•Diarreia

•Febre (em alguns casos)

O tratamento envolve repouso, hidratação intensa e uso de medicamentos para aliviar os sintomas. A Secretaria de Saúde destaca que, embora incômodos, os casos são considerados de baixo risco e raramente evoluem para quadros graves que demandem internação.

Cuidados e prevenção

Para evitar a contaminação, a Dive/SC recomenda:

•Consumo de água potável e alimentos de procedência confiável;

•Higienização constante das mãos, especialmente antes das refeições;

•Evitar o consumo de gelo ou bebidas feitos com água de origem duvidosa;

•Verificar a qualidade das praias antes de entrar no mar.

O Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA) atualiza semanalmente um painel sobre a balneabilidade das praias do estado. No último levantamento, divulgado na sexta-feira (3), dos 238 pontos monitorados, 87 (36,5%) foram considerados impróprios para banho.

Alerta às autoridades e turistas

O aumento nos casos, especialmente após o Réveillon, alerta para a necessidade de cuidados redobrados tanto por parte da população local quanto dos turistas. Com as altas temperaturas e o grande fluxo de visitantes, as autoridades reforçam a importância de seguir as orientações sanitárias para reduzir os riscos de contaminação e novos surtos.

As atualizações sobre a qualidade das águas e os dados sobre o surto estão sendo monitorados pela Dive/SC e pela Secretaria Municipal de Saúde, que seguem acompanhando a evolução do cenário em Florianópolis.

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